O futebol dá voltas que nem mesmo os atletas, acostumados às transferências, imaginam. Neste domingo, às 15h30min, na Arena Joinville, o meia-atacante Edinho vestirá a camisa 10 tricolor. Embora tenha sido revelado pelo JEC, o jogador será o líder de outro time da cidade: o Fluminense. O time do bairro Itaum fará seu primeiro confronto na história contra o Joinville e, por este motivo, tem chamado a atenção da torcida e da mídia nesta semana.
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Para Edinho, a ocasião é especial. Fora do JEC desde 2013, ele encara o duelo como uma oportunidade de mostrar que poderia ter sido melhor aproveitado.
– Falta sequência. Se você vai mal no primeiro jogo, já vai para o fim da fila. Isso me prejudicou bastante – relembra.
Edinho começou na base do Joinville em 2009. Deixou o clube quando seu contrato chegou ao fim. De lá para cá, jogou no Atlético de Ibirama, em 2014, Foz do Iguaçu, em 2015, e passou os últimos três anos em Minas, onde rodou por Democrata, América-TO e Uberaba.
O retorno a Joinville aconteceu da pior maneira: em março, Edinho perdeu a mãe e o pai, vítimas de câncer. Ainda abalado, tentou se restabelecer na cidade e acertou com o Flu para a disputa da Série B do Catarinense.
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Mais experiente, foi um dos líderes na campanha que levou o Flu às semifinais – parou no Marcílio Dias, justamente no jogo do acesso. Agora, na Copa Santa Catarina, continua apostando na qualidade do grupo que defende e aposta que a reação pode acontecer justamente contra o ex-clube.
– Nosso time é forte. Tivemos algumas falhas individuais, mas deveríamos estar melhor na classificação. O jogo é especial, sim, e vamos dar o nosso melhor. Se eles acharem que vão ganhar de qualquer jeito, vão ter uma surpresa – afirmou o meia.
Questionado se irá ou não comemorar o gol se marcar, Edinho não titubeou:
– Vou sim, por que não? Tenho muito respeito pelo que o JEC fez por mim, foi lá onde comecei, mas agora é outro tempo – concluiu.
Técnico Wagner Lopes prega respeito ao Flu
No lado do Joinville, muito respeito ao analisar o adversário. Ciente da responsabilidade que terá diante de um rival da cidade, o técnico Wagner Lopes foi cuidadoso nas palavras antes do confronto.
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– Os resultados não mostram o que time é. Será um grande jogo. Não só por ser um dérbi, mas são dois times que querem mostrar serviço e querem uma sequência. Nós temos que respeitar muito o adversário – pregou o comandante do Joinville.