A Justiça do Distrito Federal condenou, por improbidade administrativa, nesta segunda-feira, o ex-governador do DF, José Roberto Arruda, a deputada federal Jaqueline Roriz e o marido dela Manoel Neto, pelo chamado mensalão do DEM.
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O juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública, determinou que os três devolvam aos cofres públicos R$ 300 mil, além de pagamento de danos morais no valor de R$ 600 mil. Com a decisão, os eles ficam com os direitos políticos suspensos por oito anos, e estão proibidos de ocupar cargo público.
Os três podem recorrer da decisão.
O esquema de compra de apoio parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal foi investigado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Considerado o delator do caso, Durval Barbosa também foi condenado, mas a pena foi extinta devido ao acordo de delação premiada feito com o Ministério Público (MP).
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De acordo com denúncia apresentada pelo MP, Barbosa confirmou à Justiça que Jaqueline Roriz e Manoel Neto receberam propina de R$ 50 mil para apoiar a candidatura de Arruda ao governo do Distrito Federal em 2006. Segundo Barbosa, o dinheiro era oriundo de empresas de informática que pagavam propina para receber contratos com o governo do DF. O delator também disse que Jaqueline recebeu três rádios Nextel que foram usados durante a campanha eleitoral dela.