O velório do ex-governador Colombo Salles, que morreu aos 97 anos nesta terça-feira (14), será na sede da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis. A cerimônia tem início às 10h desta quinta-feira (15).

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Segundo informações do Governo do Estado, o velório ocorrerá até às 14h. Depois, uma cerimônia de despedida será realizada das 14h às 15h também na Alesc, finalizando com um cortejo até o Cemitério Jardim da Paz, no bairro Saco Grande, onde ocorrerá o sepultamento.

Por conta da morte do ex-governador, o Estado decretou luto oficial de sete dias. Além disso, a bandeira estadual ficará a meio-mastro, assim como as demais insígnias, estandartes e símbolos. Apenas a bandeira nacional segue hasteada normalmente.

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Natural de Laguna, Colombo Machado Salles governou Santa Catarina entre 1971 e 1975. À época, ele era filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena) e foi indicado ao cargo pelo presidente, Emílio Médici. Engenheiro civil de formação, Salles costumava dizer que foi alçado ao Executivo por conta de seu perfil técnico. Sua missão era fazer uma renovação política no Estado, até então comandado por oligarquias.

— Eu fui um acidente na vida política de Santa Catarina — declarou o ex-governador, em entrevista à rádio CBN, em 2016. — Estava dando uma aula inaugural na Universidade Federal de Goiânia, quando interromperam minha aula para comunicar que eu havia sido indicado governador. Eu me preparei para ouvir uma vaia.

A gestão foi marcada pelo Projeto Catarinense de Desenvolvimento (PCD), que teve como objetivo principal a integração regional de Santa Catarina. Foram mais de 500 quilômetros de estradas, que resultaram na modernização da rede de comunicações e na implantação de 85 mil linhas telefônicas. O político também criou a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).

A principal obra de Salles foi a segunda ponte de ligação entre a Ilha de Santa Catarina e o Continente, que recebeu seu nome. Ele também foi responsável pelo aterro da Baía Sul e pela construção das rodovias SC-401 e SC-404.

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Longe do poder, o engenheiro lecionou Engenharia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pela qual se aposentou, em 1992.

— O segredo da vida é a simplicidade. Estou enganando o pessoal lá de cima — refletiu o político, em 2016, em entrevista ao Diário Catarinense.

O político morreu em seu apartamento e deixa a esposa, Daisy Werner Salles, e três filhos, Maria José, Bertholdo e Marcelo. A causa da morte não foi divulgada.

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