O ex-gerente de segurança pública, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil de Joinville, Israel Alexandre Patricio, de 33 anos, suspeito de envolvimento no roubo à corretora para a qual trabalhava,preso no dia 29 de janeiro, recebeu o direito de responder ao processo em liberdade. Na última terça-feira, o pedido de liberdade provisória, solicitado por seu advogado, Marco Aurélio Marcucci, foi aceito pela Justiça.
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Segundo a defesa, a solicitação foi acatada com base em inconsistências do inquérito, que apura o assalto que ocorreu em maio do ano passado, em Curitiba.
– A vítima do assalto informou, a princípio, que o roubo teria sido de R$ 50 mil em dólares e R$ 50 mil em euros, depois aumentou o valor total para R$ 200 mil, e só depois disse que entre a quantia roubada estavam as notas de dinheiro mexicano, que acabaram sendo encontradas com um rapaz que tentou trocar o dinheiro numa corretora do mesmo proprietário -, afirma Marcucci.
Foi a partir destas notas de dinheiro mexicano que a Polícia Civil de Curitiba teria chegado a Israel, que passou de vítima do assalto, a suposto autor do crime. Mas, Israel contesta a versão da polícia, que afirma que ele teria baleado o próprio ombro para forjar o assalto.
– Não teria como eu mesmo me balear deste jeito -, afirma, mostrando as marcas da bala, que perfurou o ombro e saiu pelas costas, perto da escápula.
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– A polícia diz que foi um tiro de raspão, mas não foi, e nem fizeram o exame de corpo de delito -, reclama.
Ele conta que, no dia do crime, como de costume, ele transportava o dinheiro junto ao próprio corpo e estava desarmado.
– Fui até o aeroporto de Curitiba. De lá, seguindo orientações da empresa, fui de ônibus até o shopping Curitiba, onde deveria pegar um táxi. Foi quando fui abordado por três homens num carro preto -, relata.
Ele conta que foi levado até uma área deserta, cercada por mata, e entrou em luta corporal, no banco de trás do carro, com um dos homens.
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– Nisso, eles pararam o carro, então abri a porta para tentar fugir e fui baleado pelo motorista, que saiu do carro e atirou em mim. Eles pensaram que tinham me matado, e fugiram -, afirma.
Israel diz ainda que vem recebendo ameaças de morte, e acredita que tenha sido vítima de uma armação.