O ex-funcionário da família Bolsonaro, Marcelo Nogueira dos Santos, revelou ter provas do esquema de rachadinha entre os políticos e ameaçou usar contra a ex-mulher do presidente, Ana Cristina Valle, caso ela não desse a ele uma quantia inicial de R$ 200 mil. As informações foram divulgadas pela revista Veja nesta sexta-feira (6). 

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O homem, que trabalhou como assessor do então deputado estadual Flávio Bolsonaro entre 2003 e 2007 e, até o ano passado era caseiro da advogada Ana Cristina Valle, afirma ter gravações de áudio e vídeo que mostram a ex-mulher do presidente contabilizando valores arrecadados. 

Esse dinheiro supostamente viria com o recolhimento de parte dos salários dos funcionários do gabinete de Flávio.

Conforme a revista, os áudios e vídeos são autênticos. Marcelo chegou a dizer em um trecho que “isso agora é uma briga que só vai terminar com a morte dela [Ana Cristina], com a minha morte ou então o dia que eu ver ela totalmente destruída”. O homem está escondido em algum lugar da periferia do Rio de Janeiro e diz temer pela própria vida por causa das provas. 

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O caseiro alega estar em contato com a imprensa para revelar os materias que possui e estar negociando um depoimento com o Ministério Público. 

“Já tô aqui fechando já com o Jornal Nacional porque não posso fazer nada escondido não. Até Ministério Público eu já falei. Mandei meu advogado falar que eu só presto queixa se for com a imprensa, entendeu? Mas primeiro estou entrando em contato com o senador pra pedir minha proteção”, diz em um dos áudios. 

Marcelo afirma que o esquema gira em torno de Flávio Bolsonaro, o ex-policial Fabrício Queiroz e Ana Cristina e que não considera a situação como “chantagem”, dizendo que o valor que está pedindo é referente aos direitos trabalhistas que lhe são devidos. O homem disse ainda estar tentando ingressar no programa de proteção a testemunhas.

A ex-mulher do presidente, que atualmente mora em Brasília, afirmou estar assustada com as ameaças e com medo do que o ex-funcionário pode fazer. 

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O advogado do presidente da República e dos filhos Flávio e Renan, Frederick Wassef, alegou a situação como plano político. “Tudo isso é parte de mais um plano para envolver o presidente e a família dele num escândalo que não existe. Está absolutamente claro que estão usando esse moço para extorquir e ameaçar com objetivos políticos”, disse. 

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