O ex-ditador panamenho Manuel Antonio Noriega, que cumpre três condenações de 20 anos de prisão cada pelo desaparecimento de opositores, foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor cerebral benigno, enquanto espera poder cumprir o restante de sua sentença em prisão domiciliar.
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Sua filha, Thays Noriega, declarou à AFP que o “tumor foi retirado” e que seu pai já foi lebado para a ala de cuidados intensivos.
O advogado de Noriega, Ezra Ángel, informou que a cirurgia foi “um sucesso”.
Noriega, de 83 anos, deveria ter sido operado no dia 15 de fevereiro, porém o pedido médico foi atrasado para que antes fossem obtidas mais comprovações.
Após ter sido derrubado durante uma sangrenta invasão militar americana em 1989, esteve preso por narcotráfico e lavagem de dinheiro nos Estados Unidos e França, esse último país tendo o extraditado ao Panamá em 2011.
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Em seu país cumpre três condenações de 20 anos cada uma pelo desaparecimento e assassinato em 1985 do opositor Hugo Spadafora; do militar Moisés Giroldi, morto após rebelar-se contra ele em 1989; e pelo massacre de Albrook, no qual vários militares morreram.
Também tem outros casos pendentes por desaparecimentos quando era chefe da extinta Guarda Nacional e mão-direita do líder nacionalista Omar Torrijos, que chegou ao poder após um golpe militar em 1968.
Sua família pediu em várias ocasiões que a justiça permitisse sua prisão domiciliar após vários derrames cerebrais, complicações pulmonares, câncer de próstata e depressão.
* AFP