Exonerado da direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, o médico Carlos Schoeller rebateu o secretário da Saúde Vicente Caropreso e negou que tenha deixado o cargo por vontade própria. Ele gerenciava o hospital há quase três anos.
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— Eles me saíram. Até porque critico muito a administração da saúde e fazia tempo que vinha denunciado essa falta de material no Hospital Infantil — declarou em entrevista ao Jornal do Almoço, da NSC TV.
Nos últimos meses, Schoeller enviou cartas para a Secretaria da Saúde comunicando oficialmente a falta de materiais básicos e tornando públicas as dificuldades da administração. São pelo menos 109 tipos de materiais básicos falando, conforme o ex-diretor — até sem papel higiênico a unidade chegou a ficar.
O médico também afirmou não acreditar que o secretário Caropreso possa cumprir a promessa de normalizar a situação do Joana de Gusmão em uma semana:
— Acho que o secretário não está falando a verdade. É impossível (resolver em uma semana), até porque os processos em licitação não estão feitos. Não acredito que consiga e se conseguir, vou dar os parabéns pra ele.
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A Secretaria da Saúde reafirmou que Schoeller solicitou a exoneração e encaminhou um documento assinado por ele em que consta o pedido. Questionado pela reportagem do Diário Catarinense, o médico também repetiu que não partiu dele a iniciativa, e sim que foi “convidado” a pedir a exoneração.
Carlos Schoeller foi exonerado na segunda-feira, logo após o anúncio da suspensão das cirurgias eletivas. Ele é médico gastropediatra e continua trabalhando no hospital.