O ex-diretor do Banco Rural Nélio Brant Magalhães foi punido pela Justiça Federal em Minas Gerais com nove anos e nove meses de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira.
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Ele é o primeiro condenado por participação no esquema conhecido como mensalão mineiro, crime ocorrido na disputa eleitoral de 1998 na campanha do PSDB e que foi considerado pela Justiça e pela Polícia Federal o embrião do mensalão do PT, cinco anos depois.
Esse é um dos muitos processos desmembrados do caso. Os outros quatro réus ligados ao Banco Rural denunciados nesse mesmo processo foram absolvidos por falta de provas, mas o Ministério Publico Federal recorreu.
O crime ocorreu na tentativa de reeleição a governador de Minas Gerais do hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), que tinha como candidato a vice o hoje senador Clésio Andrade (PMDB).
Tanto no esquema do PSDB, em 1998, como no do PT, em 2003, o suposto operador foi o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
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O Banco Rural foi a instituição financeira usada por Valério para fazer as operações de crédito. No mensalão petista, a presidente do Rural, Kátia Rabelo, e mais dois diretores foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a denúncia do mensalão mineiro, os empréstimos bancários eram formas de encobrir supostos desvios de recursos de empresas públicas, usados na campanha. Todos os envolvidos no mensalão mineiro negam ter ocorrido irregularidades.
A defesa de Magalhães, que poderá recorrer em liberdade, não se manifestou sobre o caso.