O delegado Cláudio Monteiro foi indicado pelo novo diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Akira Sato, para assumir a Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) . Segundo informações do Blog Visor, o agente já teria, inclusive, se apresentado para o trabalho nesta segunda-feira. Na prática, Monteiro passa a operar subordinado à Deic.

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Monteiro acumulava a direção com as atividades na DRE, uma das divisões da Deic, na qual destacou-se com as ações de combate a quadrilhas envolvidas com o tráfico de drogas. Nos dias seguintes à exoneração da chefia, o delegado estava distante da Deic.

Crise na SSP

Cláudio Monteiro perdeu o cargo de diretor da Deic por desvio de diárias de uma operação policial da qual não participou. Nos dias da ação, havia embarcado numa viagem pessoal a Miami (EUA). Com a confirmação das informações, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, não hesitou e decidiu exonerá-lo. Esta atitude, provocou uma crise na Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado.

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Então, veio à tona uma investigação sobre a venda irregular de peças apreendidas a ferros velhos que seguia no anonimato. Agentes e delegados revoltaram-se com o tratamento dado a Monteiro e começaram a vazar as primeiras informações do inquérito. Autoridades que ocupam cargos de chefia na segurança foram acusadas de supostamente terem dado aval à saída irregular de alguns motores de caminhões que estavam apreendidos no depósito da SSP. Os motores foram parar num ferro-velho em Joinville, onde seriam comercializados com valor bem superior ao que foram pagos numa licitação de sucata.

As investigações fizeram com que Grubba anunciasse, na última quinta-feira, o afastamento de cinco servidores da comissão de licitações do Detran. Entre eles, o tenente-coronel PM José Theodósio de Sousa Junior, que preside a comissão. O secretário afirmou ainda que as empresas que receberam as peças devem ser investigadas