O ex-preso sírio de Guantánamo Jihad Diyab, refugiado no Uruguai desde 2014, está em “coma superficial” e em hidratação após mais de 20 dias em greve de fome, informou à AFP uma integrante da equipe médica.

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“Está em coma superficial, ele está sendo hidratado, estava muito desidratado”, confirmou a médica Julia Galzerando por telefone, acrescentando que isso “não compromete a parte neurológica” e que “mantém as funções vitais quase normais”.

Galzerando assinalou que não é possível “fazer prognósticos” e que irão “avaliar sua situação dia a dia”.

O ex-detido afirmou expressamente que não queria ser transferido para nenhum hospital, ainda que a comissão médica acredite ser a medida mais adequada. “Nós consideramos que ele deveria ficar internado, mas temos que respeitar sua autonomia e direitos”, disse Raquel Ballesté, diretora do Hospital das Clínicas, ao jornal El Observador.

No sábado, Diyab saiu do hospital público de Montevidéu, onde havia dado entrada pela piora no seu estado de saúde. Foi sua segunda hospitalização em uma semana.

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O ex-detento de Guantánamo tem manifestado reiteradamente sua vontade de deixar o Uruguai, país que o recebeu em 2014 junto a outros cinco ex-detentos, como parte de um acordo entre os governos em Washington e Montevidéu.

Diyab viajou para a Venezuela em julho, após abandonar o Uruguai, e ficou sob a custódia da polícia secreta até ser deportado de volta, no dia 30 de agosto.

O ex-detento quer ajuda para se reunir com familiares na Turquia.

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