A guerra entre facções criminosas rivais fez mais uma vítima ontem em Balneário Camboriú. Ademir Harno, 38 anos, foi morto a tiros na rua onde morava por volta das 13h. Ele já tinha sido preso por tráfico e estava em liberdade havia quatro meses. Este é o sétimo assassinato do ano na cidade, e o único ocorrido no mês de fevereiro.
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Harno caminhava pela calçada da Rua Blumenau, no Bairro dos Municípios, quando um Gol de cor branca se aproximou. De acordo com informações da Polícia Militar, uma testemunha teria visto pelo menos dois homens no carro.
Um deles disparou diversas vezes contra a vítima que cambaleou poucos metros até cair no portão de uma casa. Os chinelos que Ademir Harno usava ficaram pelo caminho, bem como duas marcas de tiro na casa ao lado de onde ele caiu.
O automóvel deixou o local logo em seguida e não foi mais visto. Enquanto isso, no local do assassinato, um aglomero de pessoas se formou para ver o que tinha ocorrido. Harno morava com a mãe e o irmão próximo do local onde foi morto, o que fez com que a notícia chegasse rápido aos familiares.
Na casa de Harno, debaixo do colchão, policiais militares encontraram sete torrões de maconha. Delegado da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú, Osnei Oliveira informou que a vítima já vinha recebendo ameaças de morte.
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O delegado diz que a família sabia do envolvimento de Ademir Harno com o tráfico. De acordo com Oliveira, ele fazia parte de uma facção criminosa e foi morto por membros de um grupo rival.A polícia já tem suspeitos para o assassinato.
Grupos
Oliveira explica que é uma tendência entre traficantes pequenos se unirem às facções para ganharem força e passarem a ser respeitados. Assim, eles atuam em grupo combatendo a facção rival. Como o tráfico sempre foi muito forte em Balneário devido ao alto consumo, conforme o delegado, a cidade passou a ter também os reflexos desse crime.
– O consumo gera uma lucratividade e com isso essa concorrência – diz o delegado.