O ex-deputado estadual Nilson Nelson Machado, o Duduco, foi preso na quarta-feira (2) após ser encontrado no centro do Rio de Janeiro (RJ). Ele foi condenado por abuso sexual de menores em setembro de 2017. Segundo informações da Polícia Federal (PF), ele estaria foragido há cerca de um ano.

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A prisão feita pelos policiais federais no Rio de Janeiro cumpriu mandado de prisão definitiva expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital de SC. O ex-deputado foi encaminhado ao sistema prisional do Estado, onde, segundo a PF, seguirá à disposição da Justiça. A defesa do ex-deputado nega as acusações e afirma que a suposta vítima da ocasião desmentiu a acusação e teria sido coagida na época dos fatos (veja a nota completa ao final da reportagem).

Duduco atualmente tem 63 anos. Além de deputado estadual entre 2003 e 2007, também foi vereador da Capital entre 2001 e 2004. Comandou um lar-abrigo, chamado “Creche do Duduco”, onde foram criados 73 menores. Em 2013, vieram à tona denúncias de crianças que teriam relatado abusos partindo do ex-parlamentar.

Após a condenação, Duduco teve a pena reduzida duas vezes — a última delas em 2019, quando a pena foi fixada em 20 anos de prisão. Ele já havia sido preso no rio de Janeiro em um período que era considerado foragido após as denúncias, em 2013. Ficou mais de 20 dias na penitenciária do bairro Agronômica, em Florianópolis, e depois foi liberado.

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Contraponto

A defesa do ex-deputado nega as acusações e afirma que busca reverter a condenação com recursos nos tribunais superiores. Veja abaixo a íntegra da nota da defesa de Duduco:

A defesa do ex-deputado, constituída pelos advogados Hélio Brasil e Deivid Prazeres, esclarece que existe um recurso e um habeas corpus nos Tribunais Superiores visando desconstituir a injusta condenação de Duduco, que foi condenado por apenas uma acusação de um 1 de seus 73 filhos, o qual se retratou em juízo e fez declaração pública, depois de se tornar maior de idade, relatando que mentiu na polícia quando era criança por ter sido coagido por terceiros. A defesa confia na justiça e acredita na revisão da injusta condenação de Duduco.

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