O principal suspeito de ter matado Izabel Antonio Cardoso, 37 anos, na última quarta-feira (13) prestou depoimento à Polícia Civil na manhã deste sábado (16). O caso ocorreu em Araranguá, no Sul do Estado. O homem tem 42 anos e era ex-companheiro da vítima.
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À polícia, o homem disse que, no dia do crime, teria recebido mensagens ofensivas da mulher e foi até a casa dela. Após discussões, a vítima teria pedido para que ele saísse da casa. Neste momento, o homem relatou que a segurou pelo pescoço e a esganou. Ele deixou Izabel e saiu do local. Conforme a Polícia Civil, Izabel apresentava lesões lineares visíveis no rosto e nos braços. Além disso, havia sinais de que ela tentou se defender. O homem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal e liberado em seguida.
Em 2019, Santa Catarina já ultrapassou a soma de todos os casos de feminicídios registrados no ano passado. Na maior parte das ocorrências em que mulheres são mortas em razão do gênero, os suspeitos são companheiros ou ex-cônjuges. A maioria dos assassinatos foram antecedidos por, pelo menos, um relato de violência sofrido pela vítima. Esses relatos ocorreram formalmente, através de denúncia à polícia, ou informalmente, para algum familiar ou amigo.
Entenda o crime de feminicídio
O feminicídio é uma circunstância qualificadora do crime de homicídio e recebe essa classificação quando há uma relação de afeto ou de parentesco entre a vítima e o agressor, ou quando o crime foi motivado por ódio ou repulsa à condição de mulher e do que é ligado ao feminino.
De acordo com a lei 13.104, sancionada em 9 de março de 2015, ao tornar-se uma modalidade de homicídio qualificado, o feminicídio passa a ser considerado um crime hediondo. Segundo o Código Penal Brasileiro, os crimes de homicídio qualificado são punidos com reclusão que pode variar de 12 a 30 anos. A pena do feminicídio é aumentada de um terço até a metade se o crime for praticado na presença de descendente da vítima, caso deste crime registrado em Joinville na noite de sexta-feira.
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