O jornalista e ex-chefe de imprensa da Assembleia Nacional da Venezuela Ricardo Durán foi assassinado na noite desta terça-feira em Caracas, segundo o Ministério Público em uma tentativa de assalto, embora o presidente Nicolás Maduro tenha sugerido motivos políticos.
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De acordo com testemunhas citadas pelo Ministério, Durán, 45, militante reconhecido do chavismo, “foi abordado por três desconhecidos” perto de sua residência, no oeste da capital venezuelana.
Ao resistir ao assalto, “os desconhecidos atiraram várias vezes contra o profissional, que morreu no local”, assinala o relatório. Os três homens fugiram sem levar o carro ou pertences da vítima.
Chefe de imprensa do Parlamento entre 2010 e 2013, Durán era responsável atualmente pela área de comunicação do governo metropolitano do Distrito Capital de Caracas.
Maduro expressou hoje repúdio pelo crime contra quem descreveu como “um homem comprometido com a revolução”, e sugeriu motivos políticos, como já havia denunciado após o assassinato de líderes oficialistas, como o deputado Robert Serra.
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“Enquanto trabalhamos pela paz convocando todos, há quem, desde a obscuridade do fascismo, siga em guerra contra o povo”, publicou o presidente no Twitter, acrescentando ter dado ordens para capturar os assassinos.
O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também condenou no Twitter o assassinato do jornalista: “Solidariedade à sua família e a seus colegas e amigos.”
Na mesma rede social, o ministro de Comunicações e Informação, Luis José Marcano, lamentou o crime e pediu que se aguardem “os resultados da investigação. O Estado fará justiça com esta tragédia. Honra e glória a Ricardo!”
“Conheci o jornalista Ricardo Durán anos atrás. Terrível o que aconteceu, meus pêsames à família e aos amigos”, publicou, também no Twitter, o ex-candidato à presidência e opositor Henrique Capriles.
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et/axm/val/lb