Ex-chefe de gabinete da Presidência em SP, Rosemary Noronha é proibida de ocupar cargos públicos por cinco anos

A Controladoria-Geral da União (CGU) destituiu em definitivo do cargo a ex-chefe do Gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha. Com a decisão, ela fica impedida de exercer qualquer outro cargo público por pelo menos cinco anos.

A ex-chefe de gabinete é uma das acusadas na operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investigou venda de pareceres e tráfico de influência no governo federal. Na época do escândalo, em dezembro de 2012, Rosemary pediu exoneração do cargo. Ainda assim, foi aberto um processo administrativo disciplinar pela CGU.

De acordo com o relatório, que apontou irregularidades como recebimento de propina e tráfico de influência, Rosemary foi considerada culpada por receber vantagens indevidas oferecidas pelos irmãos Paulo e Rubens Vieira, indicados por ela e nomeados, respectivamente, diretores da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Chefe de gabinete do escritório em SP no governo Lula, Rosemary foi mantida no cargo por Dilma Rousseff e só saiu após o escândalo vir à tona.

Ainda há possibilidade de recursos judiciais. Os advogados de Rosemary, que também negaram envolvimento dela nas irregularidades apontadas, alegam ter havido cerceamento do direito de defesa.