Ex-campeão do UFC Conor McGregor é condenado por agressão sexual

Conor McGregor, lutador irlândes e ex-campeão do UFC do peso-leve e do peso-pena, foi condenado por agressão sexual em uma ação civil. Ele terá que pagar uma multa de cerca de € 250 mil, aproximadamente R$ 1,8 milhão. Por se tratar de uma ação civil, ele não corre risco de ser preso.

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A vítima Nikita Hand entrou com a ação civil em 2021, que foi vencida nesta sexta-feira (22). Ele foi declarado culpado pelo júri de cometer agressão sexual em um hotel de Dublin, na Irlanda, em dezembro de 2018.

Hand alega que foi abusada sexualmente por Conor McGregor e outro homem, James Lawrence, enquanto estava embriagada. O júri concluiu que Lawrence não agrediu a vítima.

O que aconteceu

Nikita Hand contou em depoimento no tribunal em Dublin que já conhecia McGregor antes do suposto abuso, por meio de seus primos, e que o lutador já tinha interagido com ela nas redes sociais. O depoimento da vítima sobre a agressão sexual foi bastante detalhado.

Na noite de 8 de dezembro de 2018, Hand disse que saiu para uma balada com uma amiga, onde ela consumiu álcool e usou cocaína. Depois da festa, ela conversou com Conor McGregor no telefone, e ele disse que as buscaria. Por volta das 9h da manhã do dia seguinte, ele apareceu de carro, em companhia de um segurança.

Hand conta que ela e sua amiga foram para um hotel com McGregor, onde acharam que aconteceria outra festa. No caminho, o lutador buscou o segundo homem, James Lawrence, e ofereceu cocaína para as mulheres, que fizeram uso da droga.

Quando chegaram no hotel, Hand relatou que foram levadas para dois quartos conectados, até que um segurança fechou a porta que separava as duas acomodações e ficou sozinha com Conor McGregor.

A vítima alega que a partir daí McGregor começou a assediá-la, enquanto ela rejeitava as tentativas, falando sobre seu casamento com a empresária Dee Devlin. O lutador não parou diante da rejeição, e continuou avançando em cima da mulher.

A vítima tentou resistir e empurrá-lo com os braços, mas Conor McGregor conseguiu imobilizá-la na cama. De acordo com Hand, neste momento o lutador abusou dela sexualmente.

O médico Daniel Kane, que atendeu Nikita Hand na Unidade de Trauma de Agressão Sexual do Rotunda Hospital no dia 10, também prestou depoimento. Ele notou várias lesões no queixo, pescoço, braços e dedos, pernas, nádegas e seios, e contou que removeu um absorvente que estava “encravado bem no topo”.

Ele também relatou que a vítima não parava de chorar e tremer durante o atendimento, e que os resultados do exame foram condizentes com a versão dos fatos do depoimento de Hand.

Nikita relata que passou a ter ataques de pânico por conta do abuso sofrido, e decidiu depor à polícia em 5 de janeiro de 2019. Neste dia, os policiais a informaram que Lawrence também relatou que teria feito sexo com ela. Ela disse não ter memórias disso, apesar das imagens captadas pelas câmeras do hotel mostrarem Hand e Lawrence num elevador e estacionamento.

De acordo com Conor McGregor, o sexo foi consensual, e que os hematomas da vítima não vieram dele. O luator alega inocência, e deixou o tribunal sem se pronunciar.

*Lia Capella é estagiária sob supervisão de Diogo Maçaneiro

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