Uma ex-bailarina do Domingão do Faustão será indenizada em R$ 20 mil pela prefeitura de Balneário Camboriú após vencer uma ação na Justiça. Natacha Horana acusou o município de danos morais por ter sido detida em 2020, durante a pandemia de Covid-19, enquanto participava de uma festa ilegal na cidade dos arranha-céus. Dois dias depois da decisão, que saiu só em 12 de novembro de 2024, ela foi presa em São Paulo por suspeita de lavagem de dinheiro e envolvimento com organização criminosa.
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A também influenciadora com mais de um milhão de seguidores só no Instagram foi abordada pela Guarda Municipal de Balneário Camboriú em julho de 2020 ao ser flagrada desrespeitando as normas vigentes da época, que buscavam frear o avanço do coronavírus. Os agentes informaram que Natacha acabou detida por desacato e por resistir à fiscalização.
Segundo informações do g1, o termo circunstanciado sobre o caso foi arquivado, conforme repassado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Um registro feito na polícia, naquele ano, diz que Natacha teria intimidado os fiscais e os impedido de, junto com guardas, fazer as filmagens necessárias para mostrar que havia descumprimento da ordem municipal. Ou seja, quando ainda eram proibidas festas para evitar aglomeração de pessoas.
Veja fotos de Natacha, ex-bailarina do Faustão
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No processo ao qual o g1 teve acesso, a defesa da influenciadora disse que os guardas teriam entrado no apartamento em que Natacha estava e teriam ido até o quarto onde ela descansava, momento em que um fiscal da prefeitura teria iniciado as filmagens sem o consentimento da influenciadora. Além disso, dois guardas teriam a imobilizado e algemado, com suposto uso desproporcional de força e agressividade, conforme consta no documento.
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A defesa ainda afirmou que as imagens da ocorrência, especialmente aquelas feitas dentro do apartamento da ex-bailaria, teriam sido vazadas pelos agentes públicos e divulgadas indevidamente em jornais e sites de fofocas.
Natacha pediu, então, indenização por danos morais no valor inicial de R$ 75 mil. A Justiça considerou parcialmente procedente e condenou a prefeitura a pagar R$ 20 mil pela compartilhamento das filmagens feitas na época.
Para o advogado Giovanni Vitor Finazzo, que representou a influenciadora na ação, a decisão judicial demonstra “a ocorrência do ato ilícito, o dano à imagem e à honra da sra. Natacha, justificando assim a indenização por danos morais”, conforme dito ao g1.
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A prefeitura de Balneário Camboriú não quis se manifestar sobre o caso.
Presa dois dias depois em São Paulo
Dois dias após ganhar a ação na justiça contra o município catarinense, Natacha, que é natural de Jundiaí (SP), foi presa em São Paulo por suposto envolvimento com organização criminosa e prática de lavagem de dinheiro. A apuração foi da Revista Quem e O Globo. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), porém, não informou o motivo da prisão da influenciadora.
No Supremo Tribunal Federal (STF) há uma ação contra essa decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, que determinou a prisão de Natacha nesta semana. O processo tramita desde 15 de novembro e está com o ministro Edson Fachin. Ainda não há nenhuma decisão.
Além da prisão da influenciadora, foram apreendidos quatro celulares, um notebook, duas câmeras fotográficas, dois relógios, um colar, um HD externo, documentos, um veículo de luxo e R$ 119,6 mil em espécie. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como captura de procurado e cumprimento de mandado de busca e apreensão.
Leia a nota da defesa na íntegra
“A defesa da modelo e bailarina Natacha Horana Silva esclarece que, de forma abusiva e injustificada, ela acabou sendo injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas. Conforme se demonstrou no processo, sua menção e prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo. E diante disso, e principalmente pela inexistência de indícios de seu envolvimento e motivos para a continuidade dessa medida, aguarda-se o exame de pedidos feitos visando o imediato restabelecimento de sua liberdade e dignidade. São Paulo, 19 de novembro de 2024″.
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