O ex-atacante Lico é o representante de Santa Catarina no evento que expõe a taça da Copa do Mundo neste domingo, das 9h às 21h, no CentroSul, em Florianópolis. Lico não chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira, mas muitos acreditam que ele deveria ter jogado a Copa de 1982 na Espanha. Na época foi multicampeão com o Flamengo, que para o time de Telê Santana cedeu Zico, Leandro, Júnior. O ex-atacante nasceu em Imbituba e também tem história no Estado: começou no América, de Joinville, e passou por Figueirense, Avaí e Joinville. Lico tem quatro títulos catarinenses no currículo: um pelo Furacão e três pelo Coelho. ?
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Diário Catarinense – Qual a expectativa para estar perto da taça?
Lico – Estarei com ela para apresentá-la ao torcedor catarinense como um dos grandes jogadores do Estado que marcaram época. Será uma grande satisfação, um motivo de orgulho. Poder representar meu Estado como um jogador que serviu o Flamengo, um dos grandes clubes do futebol brasileiro, é um motivo de alegria. É muito gostoso conviver com isso.
DC – Você atuou por Figueirense, Avaí e Joinville. Com qual desses times você teve mais identificação?
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Lico – Com o Joinville porque eu joguei lá três anos e fui tricampeão catarinense. Mas os três foram muito representativos para mim, pois todo clube que você defende até atingir um status maior em um grande clube _ como foi meu caso com o Flamengo – serve de aprendizado. Os clubes me deram um alicerce para que eu pudesse chegar lá. Devo agradecer a cada um deles por isso.
DC – Qual foi o seu momento mais marcante no futebol de SC?
Lico – O mais marcante foi o início da minha carreira no América, de Joinville, com 17 anos. Lá eu tive toda minha formação, todo um aprendizado com jogadores experientes, como Beto Fuscão, Laerte, Marcos e Fiorezi. Também aprendi com o treinador Lauro Búrigo, que era no momento o treinador mais vitorioso de SC. Foram três anos e meio que serviram para que eu pudesse ter uma noção do que era ser um jogador profissional. Do América eu fui para o Grêmio em 1973, por empréstimo. Depois eu retornei, joguei lá mais um ano e depois fui para o Figueirense. O América me marcou muito e virou meu time do coração.
DC – O Flamengo de 1981 foi o melhor time em que você jogou?
Lico – Não foi só o melhor time em que joguei, mas era um dos melhores do mundo. O Flamengo tinha um time formado por oito jogadores da base. Da equipe que foi campeã do mundo, só eu, o Raul Plassmann e o Marinho éramos de fora. O conjunto era muito forte, que tinha o entrosamento pela base jogar junta desde as categorias inferiores. Foi realmente um time que marcou época na história do futebol mundial e eu tive a felicidade de fazer parte desse elenco.
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DC – Qual a principal razão desse êxito do Flamengo?
Lico – Era uma soma de situações. Não precisa só qualidade técnica, mas também união. Cada um tem que saber o tamanho que representa uma camisa como a do Flamengo. Isso conta muito na personalidade, na coragem de cada jogador.
DC – O Flamengo de 1981 marcou época. Desde então, você já viu um time melhor que aquele?
Lico – Aquele time deveria até representar a Seleção Brasileira em 1982. Tinha grande entrosamento, era focado em vencer. Já estava pronto para vestir a camisa e jogar. Mas na época existiam muitos outros grandes jogadores, como Sócrates, Falcão, Luizinho. Como o treinador (Telê Santana) já tinha trabalhado em Minas Gerais e São Paulo, ele preferiu mesclar os jogadores do Flamengo com os de outros Estados. Mas acho que ele deixou alguns jogadores daquela equipe fora injustamente. O Flamengo de 81 marcou época, assim como o Santos de Pelé, o Cruzeiro de Tostão, o Botafogo de Garrincha ou o Inter de Falcão. Era um time que se equipararia com qualquer equipe do futebol mundial, sem dúvida. Eu gostaria de ter visto um Flamengo contra Real Madrid, seria um jogo que ia encantar todo mundo.
DC – Você se considera um dos jogadores injustiçados em 82?
Lico – Claro, tranquilamente. Me considero injustiçado porque estava no auge da minha carreira, em uma fase espetacular, tinha experiência e já conhecia os jogadores. A equipe estava entrosada. Eu me dava muito bem tanto com o Júnior pela esquerda quanto com o Leandro pela direita. Acho que faltou ter me dado uma chance naquele momento, assim como faltou para o Tita, o Andrade e o Raul, que deveria ser o goleiro. ?
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Serviço
Para ver a taça
Há duas formas de ver a taça, que estará exposta domingo, das 8h às 21h, no CentroSul-Centro de Convenções, em Florianópolis.
COM AGENDAMENTO
Agendar a visita é a forma mais indicada para ver a taça. Para isso, entre no site da Coca-Cola (www.cocacola.com.br), clique no banner da promoção, cadastre-se e siga as instruções.
SEM AGENDAMENTO
É possível ir ao local e ver a taça sem agendamento. Mas a preferência é para quem agendou a visita. Por isso, a probabilidade é que as pessoas que optarem por ir ao CentroSul sem horário marcado tenham de enfrentar filas.
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Onde ver
CentroSul, Av. Governador Gustavo Richard, 850 Centro, Florianópolis