Freud Godoy, ex-assessor pessoal de Lula, depôs nesta quarta-feira na superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Ele foi ouvido pela PF no inquérito que apura denúncias feitas pelo empresário Marcos Valério sobre o caso mensalão.

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O objetivo é apurar a destinação de um repasse feito a Freud por Valério, considerado o operador do mensalão. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, no ano passado, Valério disse ter feito pagamentos a Freud e que parte do dinheiro teria sido usado para pagar despesas pessoais de Lula.

Após as denúncias sobre o mensalão terem sido desmembradas em vários inquéritos, Valério foi novamente ouvido em abril deste ano, desta vez, pela Polícia Federal em Minas Gerais. No depoimento, ele reafirmou a acusação feita à Procuradoria-Geral.

O conteúdo do depoimento de Freud não foi revelado pela PF. A assessoria de imprensa do órgão informou apenas que o ex-assessor foi ouvido por meio de carta precatória, ou seja, as perguntas às quais ele deveria responder foram feitas anteriormente pela Polícia Federal em Minas Gerais e encaminhadas, por escrito, à Polícia Federal de São Paulo.

O inquérito está sendo tocado pela Polícia Federal em Minas Gerais. Freud só foi ouvido em São Paulo porque mora na capital paulista. Ele começou a ser ouvido por volta das 15 horas e deixou o prédio da superintendência três horas depois, sem falar com a imprensa.

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Freud só respondeu à pergunta feita por uma jornalista, que desejava saber se ele não iria se defender das acusações.

– Estão fazendo algumas acusações contra o senhor e o senhor tem de se defender – disse a repórter.

Freud deu uma risada e perguntou:

– A senhora é juíza?”

O ex-assessor estava acompanhado de seu advogado, que se recusou a dar seu nome ou se identificar à imprensa. Aos jornalistas, o advogado disse apenas que Freud “respondeu todas as perguntas”.