Na noite desta quinta-feira, cerca de 4.500 jovens de Joinville vão comemorar a formatura no Programa Educacional de Resistências as Drogas e à Violência (Proerd). A ideia do programa é educar com apoio da família e da Polícia Militar nas escolas estaduais, municipais e particulares.
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Em Santa Catarina, um milhão de crianças foram instruídas durante o ano de 2015, em uma ação que existe há mais de 15 anos na cidade.
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Tempo suficiente para que algumas das primeiras crianças que passaram pelo programa tenham, hoje, idade suficiente para somarem forças ao efetivo da Polícia Militar.
É o caso do soldado Gilson Pinheiro de Oliveira Júnior, que aos dez anos de idade participou da formação pelo Proerd e, hoje, aos 23, comemora seu segundo ano de trabalho junto à PM de Joinville.
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– Desde pequeno, sempre tive uma forte influência para trabalhar com a segurança. Meu avô era policial, meu irmão mais velho é policial, segui um caminho natural, que sempre admirei muito – conta Gilson.
Ele diz que, além de toda a orientação que recebeu do Proerd na infância – que, segundo ele, contribuiu para sua formação de caráter -, o programa ainda surte efeito na sua rotina diária, principalmente em ocorrências em que Gilson tem de lidar com menores.
– É muito triste quando a gente se depara com um menor, às vezes crianças de 12, 13 anos, que já entrou no crime. Nessas horas, o que o Proerd ensinou lá atrás ainda fica na cabeça, e a gente tenta conversar, orientar, explicar que não vale a pena, e tirar ele dessa vida antes que não tenha mais volta – conta.
Gilson lembra com carinho de uma situação em que teve que apreender um menor de 12 anos que portava uma arma de fogo e que após toda a burocracia da delegacia, tirou um momento para conversar e orientar o jovem.
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– Um bom tempo depois, encontrei ele durante uma ronda da radiopatrulha e ele me contou que, depois de ter sido detido mais uma vez, tinha feito novas amizades e abandonado o crime, estava até ajudando a família. É o tipo de coisa que compensa todo o nosso empenho – comemora.