Sempre de olho nas oportunidades, Vitor Pamplona, natural de Gaspar, propôs ao professor do mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que o levasse junto aos Estados Unidos para fazer o doutorado. O destino seria a universidade mais desejada do mundo quando o assunto é tecnologia: o Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, na sigla em inglês). Pamplona conseguiu.

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Depois de dois anos de estudo, entre 2009 e 2011, o ex-aluno da Furb está no MIT tentando colocar os equipamentos Netra e Catra _ criados por ele para exames oftalmológicos caseiros _ no mercado.

Esta semana, Pamplona participou do evento em que a presidente Dilma Rousseff fechou parceria entre o MIT e o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica em São Paulo, o ITA. O objetivo é levar mais brasileiros para estudar no MIT, garantindo, além de uma formação de qualidade, troca de informações tecnológicas entre os dois países. Hoje, junto com o gasparense, mais cinco brasileiros estudam no instituto americano.

Aos 28 anos, Pamplona diz que a afinidade com os computadores começou ainda criança. Aos 11 anos, recebeu o diploma do primeiro curso de informática. A escolha pelo curso de Ciência da Computação foi óbvia. Formado na Furb, credita à instituição blumenauense uma grande importância, pois diz que foi nela que descobriu o mundo científico e amadureceu a curiosidade de desenvolver e criar equipamentos inovadores. Sexta-feira, o estudante de Boston conversou com o Santa por e-mail.

Santa – Chegar ao MIT era um sonho, que poderia acontecer um dia, ou uma vontade, pela qual você lutaria até alcançar?

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Pamplona – O MIT estava mais para um mito, uma lenda. Eu ouvia menções sobre eles em várias reportagens, mas nem cogitava chegar perto. Segui minha vida e quando me dei conta estava lá dentro.

Santa – Você sempre teve esta vontade de criar/inventar coisas ou surgiu somente após a entrada na universidade?

Pamplona – A vontade de criar sempre existiu. O impacto e a inovação da criação é que mudou. Lembro que durante o segundo grau, editava um guia de ruas, junto com meu pai, que era vendido posteriormente nas livrarias da cidade. O guia tinha a inovação de ser um livro de bolso. Lembro que os taxistas adoravam. A universidade e, principalmente, a pós-graduação, me ensinou a inovar de verdade, explorando os limites do conhecimento científico.

Confira a entrevista completa na edição impressa do Santa deste fim de semana