O ex-agente duplo russo envenenado na Inglaterra, Serguei Skripal, escreveu há alguns anos ao presidente russo, Vladimir Putin, para que ele o perdoasse e permitisse seu retorno à Rússia, afirmou à BBC um amigo de infância.
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O Kremlin negou a existência dessa carta.
Skripal, envenenado em 4 de março em Salisbury, “me ligou em 2012, falamos durante meia hora”, declarou Vladimir Timoshkov em entrevista publicada neste sábado (24) pela BBC.
“Dizia que não era um traidor (…) e que havia escrito a Vladimir Putin para que fosse perdoado e autorizado a voltar para a Rússia”, acrescentou.
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Segundo Timoshkov, Skripal “lamentava” seu passado de agente duplo que fez de sua vida uma “verdadeira confusão”.
Skripal, acrescenta seu amigo, tampouco se considera um “traidor”, porque “jurou por sua pátria socialista, a União Soviética, e não pela Rússia”.
Após a publicação dessa entrevista, a embaixada da Rússia em Londres divulgou a declaração de um porta-voz do Kremlin que afirma que “não existe carta alguma de Serguei Skripal pedindo ao presidente Putin autorização para voltar à Rússia”.
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Skripal, de 66 anos, e sua filha, Yulia, de 33 anos, estão hospitalizados desde 4 de março em estado crítico.
* AFP