O grito de “P*** que pariu é a melhor goleira do Brasil, Josinha!” não irá mais ecoar pelo ginásio do Sesi. Aos 30 anos, Josiane Hellmann, a menina que trocou Presidente Getúlio por Blumenau em 2002 e defendeu a Abluhand/Furb/FMD em 10 edições da Liga Nacional, pôs um ponto final na carreira como goleira. O desejo de engravidar unido às incertezas sobre o calendário de competições da equipe este ano acelerou a decisão da gigante de 1,66m, que deixou muita gente sem voz por gritar o seu nome e vibrar com suas defesas.

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Josinha não vai abandonar as quadras, muito menos o handebol. A parte da história da pequena garotinha que jogava no gol como castigo pelas encrencas que arrumava na linha e se transformou em uma grande goleira está chegando ao fim. Agora começa um novo capítulo. Há quatro anos ela trabalha como treinadora das categorias de base e tem ajudado na árdua missão de revelar novos talentos para a modalidade.

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Em 2014 foi campeã dos Jogos Escolares Brasileiros com a equipe Cadete (até 16 anos) e ano passado comandou as meninas até o vice dos Joguinhos Abertos de SC e o 3º lugar na Olesc. Como treinadora ela tem preparado uma sucessora para o seu lugar debaixo das traves. Há dois anos Josinha trabalha minuciosamente no desenvolvimento de Pamela Rodrigues Meira, 16 anos.

Com 1,80m, a garota, além de porte físico, tem demonstrado qualidade para se tornar um novo destaque nas quadras. Até a semana passada Pamela integrou o grupo de meninas da Seleção Brasileira Juvenil e Júnior que treinou no Sesi. Assim é o esporte, marcado por ciclos. Um se encerra para outro ter início.

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