Em Joinville, não há investimento público que possa ser destravado imediatamente em eventual troca de presidente. Na Prefeitura, há esperança de liberação de repasses para a drenagem, em etapa seguinte ao Mathias; e autorização para Joinville ter acesso aos recursos do BID (Parque do Piraí e drenagem do Itaum-açu).

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Mas é improvável que algo vá adiante, até porque é ano eleitoral e tempo de crise. Mesmo com a liberação dos recursos, as primeiras licitações só vão para a rua em 2017. Mesmo obras federais, como a duplicação da BR-280 entre São Francisco e Araquari, o contorno ferroviário de Joinville e o campus da UFSC, não vão ganhar fôlego a curto prazo.

Caso o impeachment seja aprovado, a maior esperança com um novo governo, principalmente entre empresários, é a retomada da confiança e consequente incentivo à recuperação econômica – Joinville vem sofrendo com a crise, com perda de 10,3 mil vagas de emprego no ano passado.

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Prognósticos de placares

Os dois deputados federais com base eleitoral em Joinville votaram a favor e acreditam na aprovação do impeachment por larga vantagem. Mauro Mariani (PMDB) fala em 390 votos e Marco Tebaldi (PSDB), em 374. Mas caso os 342 votos necessários para o impeachment se confirmem cedo demais durante a votação, é claro que quem votar depois vai optar pelo “sim”, afinal, não haverá mais chance de mudar o resultado.

Quase nada

Seja qual for o resultado da votação deste domingo do impeachment da presidente Dilma, os reflexos serão muito perto de zero na eleição de Joinville. Passe ou não o pedido, o enfraquecimento do PT não se altera. Os tucanos poderão bradar que nunca apoiaram Dilma (algo que os principais partidos adversários, PMDB, PT, PP e PSD, não podem dizer).

Sem ganho

Só que em meio à discussão sobre saúde-asfalto, dificilmente o “trunfo” do PSDB vai ser tão rentável eleitoralmente. Eventual governo do peemedebista Temer não terá tempo de ajudar as prefeituras a ponto de influenciar eleições. Nem há dinheiro para isso. No máximo, talvez sirva para Udo ensaiar um discurso de “portas abertas”, mas é slogan antigo demais, não cola como antes.

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Em 2011

Michel Temer esteve em Joinville em 2011 para participar da posse de Udo Döhler na Acij, uma forma também de prestigiar o provável, naquele momento, candidato a prefeito de Joinville pelo PMDB no ano seguinte. Quatro anos depois, com apoio de lideranças empresariais pelo País, o vice tem chances de virar presidente.

Futuro de Mariani

A especulação inevitável é o futuro de Mauro Mariani caso Temer vire presidente. O deputado teve relação com o governo Dilma, mas depois liderou o desembarque do PMDB/SC. Mariani já fez parte do Executivo quando deputado – foi secretário de Luiz Henrique em três momentos, entre 2005 e 2010. Além disso, tem boa relação com o vice-presidente, com quem tem trocado telefonemas quase que diariamente nas últimas semanas.

Cargo improvável

Mas é improvável que o deputado do PMDB venha assumir algo se Temer venha a herdar a presidência. Mais plausível que o deputado prefira se fortalecer indicando aliados para cargos federais, se é que o impeachment passará pelo Congresso. Até porque o grande objetivo é a disputa do governo do Estado para 2018, seria mais adequado cuidar do quintal.

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Novo prédio

Um prédio de 13 andares para uso residencial e comercial, a ser erguido na rua dos Ginásticos, é o mais novo empreendimento de Joinville a protocolar o estudo de impacto de vizinhança (EIV) no Ippuj. Com cobertura e mais quatro andares no subsolo, o imóvel terá 211 salas comerciais e 28 lofts.

Os uniformes

A licitação para registro de preços de uniformes escolares para a rede municipal de Joinville estimava uma compra de R$ 9,8 milhões. É previsão porque, pela modalidade de registro, não significa que tudo será gasto. A concorrência foi feita para atender todos os estudantes, mas os planos mudaram.

Ficou menos

Até agora, foi empenhado (autorização de gasto) R$ 1,5 milhão. Podem surgir novas compras, mas a tesourada limitou os uniformes a 20 mil dos 65 mil estudantes – só vai para alunos novos e para os estudantes cujos uniformes não servem mais. O corte não foi anunciado, mas acabou confirmado.

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Destino das sobras

João Carlos Gonçalves está preparando projeto para definir como serão usados as sobras da Câmara de Joinville. São dez programas, com repasses para escolas, creche domiciliar, ações contra violência e despesas com a saúde (exames e clínicas). O projeto do vereador cita que a Câmara não pode fazer a aplicação, só a Prefeitura.

Tem gasto mais

O projeto não diz se contempla só os recursos que são recebidos e acabam devolvidos ou o cálculo é feito com base no que estipula o orçamento, ainda mais acima do que é efetivamente gasto. A Câmara de Joinville vem gastando mais ano a ano, mas como a previsão orçamentária é superestimada, os vereadores dizem que “economizaram”.

Marco Tebaldi

Marco Tebaldi acreditava que somente se fossem realizadas novas eleições – o deputado defendeu nova disputa para todos os cargos, inclusive para a Câmara dos Deputados – de forma conjunta com a escolha de prefeitos, aí sim a questão nacional influenciaria o pleito em Joinville. O deputado também lembra que foi uma das primeiras vozes do PSDB a defender o impeachment de Dilma, ainda no início de 2015.

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Queixa ao MP

O Conselho Municipal de Cultura de Joinville pediu ao Ministério Público de Santa Catarina providências em relação ao atraso no pagamento de parte dos projetos aprovados pelo Simdec 2015, o programa de financiamento cultural mantido pela Prefeitura. A alegação do município é falta de dinheiro.

Ampliação das estações

Com previsão de conclusão no início de 2018, a ampliação da estação de tratamento do rio Cubatão é o principal investimento para reforçar o abastecimento de água em Joinville. São investimentos de quase R$ 30 milhões para ampliar a capacidade de produção de 925 para 1,8 mil litros por segundo. O projeto seguinte é de nova estação no rio Piraí, esta ainda em fase de projeto.

Nomeações

Ex-presidente da Ajorpeme, Volnei Batista foi nomeado para uma das gerências da ADR (ex-SDR) de Joinville. Indicado pelo PSD, Ivanor Bento Júnior assumiu outra gerência na ADR. Os cargos estavam vagos.

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Viagens em São Chico

Parte das viagens custeadas pela Prefeitura de São Francisco do Sul, inclusive do prefeito Luiz Zera, são alvo de ação do MP apresentada nesta semana. O TCE cobra explicações sobre as viagens ao Exterior.