A meningite, uma infecção que atinge as membranas do cérebro, chamadas de meninges, afetou Paulo Sérgio Praxedes, hoje com 29 anos, em seu primeiro ano de vida. A doença trouxe consequências para diversos setores da vida dele. Ele perdeu a audição e cresceu um pouco diferente de uma criança sem deficiência.
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Nascido em Goiás, ainda pequeno Paulo começou a estudar em uma escola especial para alunos com problemas auditivos. Lá, aprendeu a língua brasileira de sinais (Libras) e conviveu com estudantes que passavam por situações semelhantes.
No quinto ano, foi obrigado a mudar para uma escola regular, para aprender melhor a língua portuguesa e as demais disciplinas, mesmo que os colegas de turma e os professores não conseguissem se comunicar com ele direito.
– Não tinha intérprete. Alguns professores se esforçavam, mas foi bastante difícil. No ensino médio, uma pessoa foi contratada para me ajudar -, conta Paulo, que tem a ajuda de uma intérprete.
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Como sempre quis ser professor, a exemplo da avó, Paulo foi morar em Florianópolis para estudar letras e a língua brasileira de sinais (Libras), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formado há pouco tempo, mudou-se para Jaraguá para ajudar os alunos que passam pelas mesmas dificuldades que ele enfrentou. Desde então, se tornou professor do Serviço de Atendimento Educacional Especializado (Saede), de Jaraguá do Sul, Massaranduba, Guaramirim, Schroeder e Corupá.
Para ajudar ainda mais as pessoas que passam dificuldades por causa da deficiência, a Secretaria de Desenvolvimento Regional e as três associações de pais e amigos dos excepcionais (Apaes) da região, entraram na agenda nacional da Semana das Pessoas com Deficiência, que começou na terça-feira e vai até o dia 28.
Programação variada
São programações em escolas e dentro das Apaes para divulgar a prevenção, os direitos e a inclusão desses alunos na sociedade. A semana existe desde os anos 1980, considerada a década das pessoas com deficiência.
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A cada ano, a programação debate um assunto diferente. Nesta edição, o tema é “Em busca de igualdade estamos aqui. Queremos uma igualdade que reconheça as diferenças. Uma diferença que não produza desigualdades”.
Cada unidade ficou responsável por trabalhos individuais e coletivos, como a festa da família, lançamentos de livros e apresentações de teatro em escolas públicas.
– Um momento como este é importante porque trabalha a igualdade para que os alunos possam conhecer suas diferenças e com isso trabalhar de forma mais digna na sociedade. Hoje, a inserção é muito mais tranquila do que anos atrás. Muito pelo trabalho intensivo que é feito -, destaca a integradora de educação especial e diversidade da SDR, Isabel do Carmen Bertoldi.
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