Em um mundo onde as pessoas podem compartilhar o que bem entenderem em suas redes sociais e divulgar informações sem conferi-las, espalhar boatos pode ser algo mais perigoso do que muita gente pensa. A menor das brincadeiras ou dados que podem prejudicar diretamente pessoas viralizam junto com a popularização de plataformas que oferecem fácil acesso e repercussão às pessoas.
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Foi com esse foco que a RBS SC levou à Furb, ontem, a discussão sobre fake news. Participaram Aline Camargo, repórter do Jornal de Santa Catarina, Marina Dalcastagne, da RBS TV, Eduardo Rocha, do Portal Fio, e Magali Moser, mestre em Jornalismo e professora da Universidade Regional de Blumenau.
Com o tema ¿Entre fatos e boatos, a busca pela verdade¿ – parte da programação do evento Diálogos, que marca o Dia da Liberdade de Imprensa, 3 de maio –, os convidados debateram a importância – e o dever – de trazer credibilidade às informações e o quanto isso pode ser o diferencial do jornalismo nos tempos atuais em que qualquer pessoa é capaz de informar algo a várias outras simplesmente por meio de um post.
Na opinião de Camargo, a discussão sobre fake news ocorre pela facilidade de abrangência adquirida pelas redes sociais. São elas, na opinião da jornalista, as responsáveis diretas por possibilitar que notícias falsas ganhem cada vez mais espaço.
– A internet hoje é um campo fértil para quem quer espalhar inverdades. Não se abre um jornal impresso, por exemplo, para divulgar notícias falsas. É mais fácil criar um portal para isso – destaca.
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Para a repórter da RBS TV, Marina Dalcastagne, o período pós-enchente no Vale do Itajaí alimenta ainda mais a discussão. A proliferação de vídeos e informações repassadas aleatoriamente e sem checagem corroboram a necessidade de conscientizar as pessoas quanto àquilo que é verdade ou mentira. O evento já passou por Florianópolis e Joinville e terá outras edições em data a confirmar em Lages, Caçador, Xaxim e Concórdia.