Técnicas de construção que buscam aumentar a produtividade no canteiro de obras estão sendo expostas nesta terça-feira na UniSociesc (campus Boa Vista), que promove a 1ª Mostra de Tecnologias da Engenharia Civil.
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O evento, aberto ao público, reúne quatro empresas, que apresentam soluções que agilizam a edificação de prédios, casas e galpões industriais, proporcionam economia no custo final da obra e reduzem a geração de resíduos durante os trabalhos. A exposição foi dividida em dois momentos. O primeiro ocorreu das 9 horas ao meio dia. O segundo será à noite, das 19 às 22 horas.
O principal objetivo da mostra é aproximar estudantes da instituição da realidade do mercado. Apenas no curso de engenharia civil, a UniSociesc tem cerca de 800 alunos. Somados aos estudantes dos cursos de arquitetura e do curso técnico de edificações, são cerca de 1,5 mil acadêmicos diretamente envolvidos.
– Estamos expondo novidades que transformam a construção civil e a tornam mais rápida e produtiva – explica Dilarimar Maria Costa, coordenadora do curso de engenharia civil e responsável pela iniciativa.
Pouco depois da abertura da mostra, alunos da instituição já formavam grupos que ouviam as explicações de representantes das quatro empresas sobre cada um dos sistemas construtivos. Atentos, eles questionavam as aplicações e as vantagens dos modelos.
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– O custo da construção civil está muito caro. Deu pra perceber que as empresas estão buscando reduzir custos e mão de obra – analisou Alessandro Borba de Lima, de 18 anos, estudante do segundo semestre de engenharia civil da UniSociesc.
Dilarimar já projeta para o ano que vem uma segunda edição da mostra, desta vez baseada em tecnologias sustentáveis.
As soluções
Uma das técnicas apresentadas é o monoforte. Trata-se de um sistema construtivo baseado em placas de EPS (o popular isopor) e telas de aço galvanizado. As tubulações da construção são fixadas entre uma tela e o painel de EPS antes da concretagem. O modelo, que chegou pela primeira vez ao Brasil pela Termotécnica, diminui em até 40% o tempo da obra e em até 30% os custos finais, afirma a empresa.
A Vale do Selke, de Blumenau, trouxe para o evento um sistema de alvenaria estrutural, composto por blocos de concreto que dispensam o uso de colunas e caixaria (madeira) nas construções. Estes blocos são encaixados como se fossem peças de Lego a partir do momento em que o piso da edificação já está pronto.
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Já a Tuper apresentou um sistema de lajes mistas, feitas com pequenas vigas de aço galvanizado e concreto. A solução, já presente em mais de 200 obras em todo o País, é mais leve que os tipos de lajes tradicionais, facilitando o transporte dessas estruturas dentro da obra e diminuindo as cargas na estrutura e nas fundações, sem perda de resistência.
O destaque da Smart foi o sistema de construção energitérmica sustentável (CES), também conhecido como construção a seco. São vários paineis de aço zincado encaixados entre si e que podem ser revestidos por placas de gesso acartonado. A principal vantagem deste modelo é a praticidade e a agilidade no tempo de obra.