A Grécia poderia receber uma parte do crucial pacote de resgate – 8 bilhões de euros – já neste mês se os líderes dos principais partidos se comprometerem por escrito a cumprir as condições de crédito, as medidas de austeridade e as reformas econômicas que se impõem, destacaram na segunda-feira os ministros de Finanças da zona do euro.

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O repasse, que tem sido adiado por dois meses, evitaria uma potencial violação dos compromissos financeiros da Grécia no início de dezembro.

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, que também preside as reuniões na Eurozona, disse que os ministros reunidos em Bruxelas pediram que os gregos entreguem uma carta assinada pelos líderes de ambos os partidos que aplicarão o programa.

– É essencial que toda a classe política esteja agora recuperando a confiança que se havia perdido com a Grécia ante o programa da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, além do acordo de 27 de outubro – afirmou o comissário de Assuntos Internacionais da União Europeia, Olli Rehn.

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Enquanto os ministros de Finanças se reuniam em Bruxelas, na Bélgica, o primeiro-ministro grego George Papandreou e o líder da oposição, Antonis Samaras, tentavam criar um governo interino de coalizão.

– Isso deveria ser feito há meses – exclamou Juncker.

Ao mesmo tempo, os ministros devem encontrar uma maneira de converter o fundo de resgate de 440 milhões de euros em uma proteção de 1 bilhão de euros, a qual possa impedir que a crise da dívida se extenda ao resto da união monetária de 17 países.