Uma comissão de eurodeputados solicitará ao Parlamento Europeu sua presença, sem detalhar se como acompanhantes ou observadores, nas eleições legislativas de 6 de dezembro na Venezuela, informou o porta-voz da missão, Ramón Jáuregui, ao fim da visita ao país.
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“Nosso relatório vai solicitar ao Parlamento Europeu nossa presença na semana eleitoral. Acredito que é bom que representantes políticos de partidos ou de instituições possam estar aqui para elevar a credibilidade do próprio sistema”, disse o eurodeputado Ramón Jáuregui em entrevista coletiva.
Jáuregui, do Partido Socialista Operário Espanhol, era o líder de uma comissão de eurodeputados, também integrada por Gabriel Mato (Partido Popular, conservador) e Fernando Maura (grupo ALDE, liberal), que visitou a Venezuela em uma missão “exploratória” da situação política e econômica .
Depois de reuniões com grupos de oposição, analistas e ONGs, Jáuregui declarou a missão não recebeu queixas sobre o aparato eleitoral, mas perceberam uma “preocupação crescente com a igualdade de oportunidades” nas eleições.
Os eurodeputados também destacaram as reclamações por um “certo favorecimento governamental no uso ou talvez abuso dos meios oficiais na promoção dos candidatos de um determinado partido”.
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Jáuregui lamentou que a missão não tenha sido recebida por autoridades do governo venezuelano, que “perdeu a oportunidade de explicar seu ponto de vista a um Parlamento que representa 500 milhões de pessoas”.
A visita dos eurodeputados foi chamada de “turismo parlamentar” pelo defensor do Povo venezuelano, Tarek Williams Saab.
No dia 6 de dezembro os venezuelanos escolherão 165 deputados. Atualmente, a Assembleia Nacional está integrada por 99 deputados ligados ao chavismo e 66 opositores.
* AFP