A arbitragem polêmica do empate entre Vasco e Chapecoense, nesta quinta-feira, não foi ignorada pelo presidente vascaíno, Eurico Miranda. O mandatário não mediu palavras para apontar interferência externa para prejudicar o Vasco e, principalmente, favorecer clubes de Santa Catarina, numa suposta trama em que a “omissão” do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, teria como “razão” o presidente da Federação Catarinense, Delfim Pádua Peixoto Filho.
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Chapecoense arranca empate no fim contra o Vasco
– Alertei para a situação que demonstra, claramente, a culpa da comissão de arbitragem e de quem tem poder sobre a comissão de arbitragem, que é a CBF. Tem um jogo político muito forte. O presidente da CBF está para sair. Não saiu ainda porque tem um opositor que assumiria, e esse opositor é o presidente da Federação Catarinense de Futebol, que tem quatro clubes envolvidos contra o rebaixamento, e, claramente, está mostrando sua posição – afirmou, antes de completar:
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– Inclusive levando à criação de uma liga (Rio-Sul-Minas) que já classifiquei como ilegal e imoral. Com grandes clubes do futebol brasileiro e nada menos do que quatro clubes de Santa Catarina! Ele tem interferência direta na arbitragem. Falam em comprar árbitro, mas não é nada disso. O árbitro vai para a partida de futebol e recebe alguns comunicados antes. Esse presidente (Delfim), com a maior tranquilidade, vai ao vestiário dos árbitros. Ele vai dizer para apitarem bem ou vai dizer que, em breve, vai estar na CBF, e o cara vai poder ser aspirante à Fifa. O que aconteceu hoje foi um escândalo.
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Com o resultado, o Vasco segue na zona de rebaixamento, com 28 pontos, cinco atrás do Avaí, primeiro fora. Neste domingo, o adversário é o São Paulo, no Morumbi.