As Forças Armadas americanas testaram com sucesso, nesta terça-feira, um míssil desenhado para interceptar mísseis balísticos intercontinentais, em meio a preocupações diante do avanço do programa de armas da Coreia do Norte.

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Um interceptador lançado da base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, “deteve com sucesso um alvo de mísseis balísticos intercontinentais” no Reagan Test Site, nas Ilhas Marshall, comunicaram os militares.

“Este sistema é de vital importância para a defesa da nossa pátria e esse teste demonstra que temos um interceptador com boa capacidade contra uma ameaça real”, declarou o vice-almirante Jim Syring, diretor da Agência de Defesa de Mísseis dos EUA.

“A interceptação de uma ameaça tão complexa como um míssil intercontinental é um grande resultado para o sistema GMD e um marco para este programa”, disse Syring.

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A prova foi realizada um dia depois de a Coreia do Norte anunciar um bem-sucedido teste de míssil balístico, o último de uma série de lançamentos dirigidos a desenvolver mísseis que podem chegar aos Estados Unidos.

O porta-voz do Pentágono, capitão Jeff Davis, afirmou que o teste não é feito especificamente pela crescente tensão com a Coreia do Norte.

“Em um sentido amplo, a Coreia do Norte é uma das razões pelas quais estamos testando este sistema”, afirmou.

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“A Coreia do Norte expandiu o tamanho e a sofisticação de suas forças de mísseis”, acrescentou Davis. “Continuam realizando lançamentos de mísseis como o deste fim de semana e utilizando uma retórica agressiva, sugerindo que vão atacar os Estados Unidos”.

Davis também falou da grande capacidade de mísseis do Irã como uma ameça aos interesses americanos no Oriente Médio.

O exercício testa o desempenho do sistema de “defesa em terra na metade do percurso” (GMD), que teve alguns problemas em testes anteriores.

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A tecnologia que move o GMD é extremamente complexa e o sistema utiliza sensores disponibilizados globalmente para detectar e rastrear ameaças de mísseis balísticos.

Em uma estratégia que o Pentágono descreve como atingir uma bala com outra bala, o míssil é lançado ao espaço e em seguida libera um “Veículo Assassino Exoatmosférico” que utiliza energia cinética para destruir o objetivo que vem na sua direção.

O sistema GMD terá 44 interceptores até o final de 2017 – baseados no Alasca e na Califórnia – de modo que poderá enfrentar um ataque lançado de outro país com vários mísseis.

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Mas ainda não é capaz de enfrentar um ataque em grande escala de países como Rússia ou China, que têm capacidade de lançar dezenas de mísseis simultaneamente.

* AFP