Um país em suspenso

“As eleições ilegítimas de ontem (domingo) confirmam que Maduro é um ditador que ignora a vontade do povo venezuelano”, disse o secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin, ao anunciar que todos os ativos do mandatário “sob a jurisdição dos Estados Unidos estão congelados”.

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Com essas sanções, os Estados Unidos tentam expressar sua oposição ao “regime de Maduro”, apontou Mnuchin.

“Qualquer um que participe desta ilegítima Assembleia Nacional Constituinte pode estar exposto a futuras sanções americanas por socavar processos e instituições democráticas na Venezuela”, advertiu em comunicado.

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O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca Herbert McMaster declarou que “Maduro não é apenas um líder ruim, agora é também um ditador” que se “une ao exclusivo clube que inclui (Robert) Mugabe, Bashar al-Assad e Kim Jong Un”.

O governo de Donald Trump tomou as medidas contra Maduro, no poder desde 2013, um dia depois da eleição dos membros da Assembleia Constituinte. A oposição venezuelana não participou do pleito por considerar que o processo é fraudulento.

Segundo os Estados Unidos, o órgão eleito no domingo “deseja ilegitimamente usurpar o papel constitucional” do Congresso, eleito em dezembro de 2015, e dominado pela oposição, assim como “reescrever a Constituição e impor um regime autoritário” ao povo venezuelano.

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Os Estados Unidos são o principal comprador de petróleo venezuelano, com importações de 800 mil barris diários sobre uma produção de 1,9 milhão.

Na semana passada, o governo de Trump sancionou 13 funcionários e militares próximos a Maduro, entre eles Tibisay Lucena, presidente do poder eleitoral, acusados de romper com a democracia, de violar os direitos humanos e de corrupção. As sanções são a terceira anunciada contra funcionários e ex-funcionários venezuelanos, depois das emitidas em fevereiro e maio.

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