Os Estados Unidos estão pressionando a China para que decida nos próximos dias se apoiará o endurecimento das sanções contra a Coreia do Norte, após semanas de negociações como resposta aos lançamentos de mísseis por Pyongyang, informaram nesta quarta-feira fontes diplomáticas.
Continua depois da publicidade
A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, tem conversado com seu homólogo chinês sobre uma tentativa de resolução de sanções desde que Pyongyang lançou o primeiro míssil balístico intercontinental, em 4 de julho.
A China – principal aliado da Coreia do Norte – ainda não tomou uma decisão, mesmo após o segundo lançamento, realizado na sexta-feira passada, que levantou dúvidas sobre a reação do Conselho de Segurança.
“Nos próximos dias saberemos se haverá uma resolução”, disse à imprensa o embaixador russo Vassily Nebenzia.
Continua depois da publicidade
O representante do Japão, Koro Bessho, expressou sua esperança de que as sanções sejam acordadas nesta semana: “Espero que possamos fazer isso em alguns dias”, disse a jornalista na terça-feira.
Haley declarou no domingo que “o tempo das negociações já passou” e que a “China deve decidir” se vai aderir a essas novas sanções, que têm como objetivo aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte.
A diplomata advertiu que uma resolução fraca será “pior do que nada”, porque enviaria a Kim Jong-Un a mensagem de que as potências globais não estão dispostas a unir-se para enfrentá-lo.
Continua depois da publicidade
O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, se reunirá com o chanceler chinês, Wang Yi, no final de semana.
Caso Estados Unidos e China consigam chegar a um acordo, o Conselho poderá se reunir em caráter de urgência para aprovar as sanções.
Uma membro do governo americano informou à imprensa em Washington que “há indícios” de que a China estará disposta a tomar medidas para abordar a situação com a Coreia do Norte.
Continua depois da publicidade
“Gostaríamos de ver ações mais rápidas, resultados mais imediatos. Mas acredito que ainda possamos alcançar isso”, disse Susan Thornton, secretária de Estado adjunta para assuntos da Ásia Oriental e do Pacífico.
Nebenzia acredita que qualquer sanção que venha a ser tomada não agravará a crise humanitária na Coreia do Norte: “A pergunta é: qual é o objetivo dessas sanções?”. “Se vemos que estamos prejudicando as pessoas, aí essa pergunta faz sentido. Mas se ajudam a eliminar a ameaça nuclear, isso é outra coisa”.
* AFP