EUA prendem outros três estudantes por obstrução à Justiça

Dois cazaques e um americano, todos com 19 anos, foram detidos durante a investigação do atentado na Maratona de Boston por obstrução da justiça e falso testemunho, informou ontem a procuradoria federal americana.

Os cazaques Dias Kadyrbayev e Azamat Tazhayakov são acusados de tentar “destruir e esconder” um computador e uma mochila com fogos de artifício pertencentes a um dos supostos autores do atentado. O americano Robel Philippos foi acusado de mentir para as autoridades.

As detenções foram efetuadas por atos cometidos nos dias posteriores ao duplo atentado com explosivos perto da linha de chegada da Maratona de Boston (Massachusetts, nordeste dos EUA), que deixou três mortos e mais de 260 feridos em 15 de abril. Os três jovens eram amigos ou conhecidos dos irmãos Tamerlan e Dhzokhar Tsarnaev, identificados como os supostos autores das explosões.

Tamerlan, 26 anos, morreu em 19 de abril, após uma perseguição policial. Seu irmão, 19 anos, está detido no centro médico de uma prisão federal para onde foi transferido na sexta a partir do hospital de Boston, no qual tinha sido internado após a sua detenção.

Os dois estudantes oriundos do Cazaquistão foram interrogados pelas autoridades americanas em diversas ocasiões após a prisão de Dhzokhar Tsarnaev.

Colegas de Dhzokhar na Universidade de Massachusetts, em Dartmouth (cem quilômetros ao sul de Boston), Kadyrbayev e Azamat Tazhayakov estiveram em contato com ele nos dias posteriores ao atentado, segundo a promotoria. Tazhayakov revelou que Dhzokhar esteve na casa que divide com Kadyrbayev em New Bedford, na região de Dartmouth, em 17 de abril, dois dias após as explosões.

Detidos foram ao quarto de Dzhokhar em campus

Na noite do dia 18 de abril, após o FBI publicar as fotos dos suspeitos do duplo atentado em Boston, os dois cazaques e o americano Phillipos foram ao quarto de Dhzokhar no campus da universidade. Encontraram uma mochila com fogos de artifício sem pólvora e concluíram que Dhzokhar estava envolvido no atentado, algo de que já suspeitavam.

“Kadyrbayev decidiu pegar a mochila para ajudar seu amigo”, diz a denúncia da promotoria. Também pegaram o computador de Dhzokhar para evitar suspeitas de seu companheiro de quarto.