O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira uma investigação “rápida” e “sem obstáculos” sobre a queda do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, que matou as 298 pessoas a bordo, enquanto a agência federal de aviação proibia voos comerciais dos EUA sobre a região do incidente.

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Em um telefonema ao primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, o líder americano disse que “os Estados Unidos estão dispostos a contribuir com assistência imediata para que haja uma investigação internacional rápida, completa, crível e sem obstáculos”, informou a Casa Branca.

Obama e Rutte “concordaram com a necessidade de se garantir aos observadores internacionais acesso imediato ao local da queda, para facilitar a recuperação dos destroços e conduzir uma investigação exaustiva”.

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Obama conversou ainda com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e com o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, e advertiu contra qualquer desaparecimento de provas do local da queda até que haja uma investigação “transparente e completa”.

O secretário americano de Estado, John Kerry, destacou que os Estados Unidos estão “horrorizados com a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines” e afirmou que Washington “continua preparado para colaborar com uma investigação no que for possível”.

– Manteremos contato com todos os nossos parceiros sobre a análise dos fatos ocorridos hoje – afirmou Kerry.

A agência federal de aviação (FAA) proibiu os voos de aviões comerciais americanos sobre o leste da Ucrânia, ampliando a restrição que já vigorava para o espaço aéreo na Crimeia.

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“Em razão dos eventos recentes e de potenciais novas ameaças a FAA proíbe operações de voo americanas, até nova ordem sobre as zonas de Simferopol (Crimeia) e Dniepropetrovsk”, dizia o comunicado.

Uma proibição da FAA já vigorava, desde abril, sobre a península de Crimeia (de se uniu à Rússia) e sobre zonas adjacentes do Mar Negro e Mar de Azov.

O Boeing 777 da Malaysian Airlines caiu às 14h15min (11h45 pela hora de Brasília), cerca de quatro horas depois da decolagem e a 50 quilômetros da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, em uma área controlada pelos rebeldes separatistas.

Um oficial dos Estados Unidos, que pediu para não ser identificado, disse que um míssil terra-ar derrubou o avião, mas não pôde precisar se o disparo partiu dos separatistas pró-Moscou na Ucrânia, de tropas russas na fronteira ou de forças do governo ucraniano.

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O voo MH17 entre Amsterdã e Kuala Lumpur transportava 154 holandeses, 27 australianos, 43 malaios, 12 indonésios, 9 britânicos, 4 alemães, 5 belgas, 3 filipinos e um canadense. Vários passageiros ainda não tiveram sua identidade confirmada.

Veja fotos do local do acidente com o Boeing: