O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, pediu nesta sexta-feira (1) a “todos os atores líbios para participarem de forma construtiva” na mediação das Nações Unidas, ao receber em Washington o primeiro-ministro do governo de união, Fayez al-Sarraj.

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O dirigente líbio, que tenta impor sua autoridade nas numerosas regiões da Líbia, que vive conflitos entre poderes políticos rivais desde a queda de Muammar Kadhafi, em 2011, também foi recebido na Casa Branca pelo presidente Donald Trump.

Tillerson “reafirmou o total apoio dos Estados Unidos ao primeiro-ministro Sarraj, ao Governo de Unidade Nacional (GNA) e ao acordo sobre a transição política”, declarou o Departamento de Estado em um comunicado.

Os dois evocaram “a necessidade de que todos os atores líbios e internacionais apoiem o plano de ação” do emissário da ONU Ghassan Salamé, para “fazer avançar o processo de reconciliação nacional e criar as bases para que a Líbia possa organizar eleições nacionais bem sucedidas”, acrescentou.

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Salamé apresentou, em 20 de setembro, uma nova possibilidade de caminho para resolver a crise na Líbia, com uma nova Constituição, que seria submetida a um referendo, antes de as eleições serem realizadas.

Segundo a diplomacia americana, o acordo de transição política assinado em 2015 no Marrocos com amparo das Nações Unidas e que deu vida ao GNA “continua sendo o único marco viável para uma solução política”.

“Qualquer tentativa de subverter o processo político apoiado pela ONU, ou de impor uma solução militar ao conflito, apenas desestabilizaria a Líbia”, criando novos espaços para que grupos extremistas como o Estado Islâmico “ameacem os Estados Unidos e nossos aliados”, concluiu o texto.

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* AFP