– Os Estados Unidos não são cegos e não acredito que sejamos estúpidos nas negociações nucleares com o Irã – declarou o secretário de Estado, John Kerry, em uma entrevista a uma rede de televisão americana transmitida neste domingo.
Continua depois da publicidade
Além disso, Kerry insistiu que não existe nenhuma brecha no compromisso do governo de Barack Obama com Israel, num momento de tensão na relações diplomáticas entre os dois países devido ao diálogo nuclear com o Irã.
O chefe da diplomacia norte-americana foi entrevistado depois que as negociações entre as potências mundiais e Teerã em Genebra não chegaram a um acordo para frear as atividades nucleares do Irã em troca de um enfraquecimento das sanções econômicas impostas ao país.
– Algumas das pessoas mais sérias e capazes do nosso governo, que se debruçam há anos sobre o tema do Irã assim como o das armas nucleares e sua proliferação, estão envolvidas nessa negociação – afirmou Kerry.
– Acredito que tenhamos uma ideia clara sobre como medir se estamos ou não atuando de acordo com os interesses de nosso país e do mundo, e particularmente de nossos aliados, como Israel e os países do Golfo e outros da região – explicou Kerry.
Continua depois da publicidade
Durante três dias, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha se reuniram em Genebra para tentar chegar a um acordo com Teerã sobre o polêmico programa nuclear iraniano que, oficialmente, é apenas para uso civil, embora Israel e alguns países do Ocidente suspeitem que o país tenta construir uma arma nuclear.
Havia a expectativa de que se chegaria a um acordo, mas essa esperança foi afastada quando surgiram desavenças entre as potências mundiais frente a preocupações mencionadas pela França.
Kerry disse à rede de televisão NBC que os Estados Unidos estão “absolutamente determinados para que este seja um bom acordo, ou então não haverá acordo’.
Por isso “não conseguimos chegar a um acordo nestes últimos dois dias, porque estamos unidos, pressionando para que as coisas que acreditamos garantam o que Israel e o resto do mundo pedem”, disse o secretário de Estado.
Continua depois da publicidade