Funcionários do Departamento do Tesouro dos EUA reuniram-se nesta terça-feira com representantes do setor bancário para discutir a possibilidade de estender o programa de socorro aos bancos a instituições de capital fechado. Isso poderá aplacar as críticas que vêm sendo feitas ao programa Tarp (Programa de Alívio para Ativos Problemáticos, na sigla em inglês) pelos bancos comunitários.
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Segundo Wayne Abernathy, vice-presidente para assuntos de regulamentação da American Bankers Association (ABA), alguns representantes do setor têm dito que os bancos de capital fechado poderão ser capazes de usar os recursos do programa de maneira melhor do que os grandes bancos que são os principais beneficiários do Tarp, porque eles normalmente são geridos de maneira mais conservadora e podem estar mais dispostos a dar crédito, fazendo o dinheiro voltar ao sistema financeiro.
– A maioria desses bancos controlados de forma privada provavelmente está mais saudável do que o setor como um todo – afirmou Abernathy, que participou da reunião com funcionários do Tesouro.
Ele disse que há cerca de 6,5 mil bancos de capital fechado que, pelas normas atuais, não estão credenciados a participar do programa de socorro – em parte, porque sua estrutura não lhes permite emitir as ações preferenciais que o Tesouro compraria.
– O objetivo é permitir acesso e participação iguais, de modo que não haja preconceito em relação a nenhuma parte do setor bancário – disse Bob Davis, vice-presidente executivo da ABA.
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Para ele, os representantes do Tesouro se mostraram receptivos à idéia. Uma porta-voz do Departamento do Tesouro recusou-se a comentar os informes sobre a reunião.
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