Os Estados Unidos estão satisfeitos com os esforços feitos pelos países emergentes para coordenar respostas à atual crise financeira. Foi o que disse nesta quinta-feira o secretário de Comércio norte-americano, Carlos Gutiérrez, no primeiro de dois dias de visita ao Brasil.

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– Estamos muito satisfeitos com que o Brasil e outros países coordenem esforços para tentar nos ajudar a superar os problemas de forma mais eficaz – disse Gutiérrez em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro.

O secretário norte-americano se referiu à reunião que os países membros do G7 (os sete países mais industrializados do mundo) realizarão nesta sexta, em Washington, e o encontro do G20 (o grupo dos países mais avançados e em desenvolvimento, do qual faz parte o Brasil), nos próximos dias.

O objetivo das duas reuniões é definir políticas coordenadas para enfrentar os problemas causados pela falência de várias entidades financeiras e a conseqüente redução do crédito em todo o mundo.

Gutierrez disse que os Estados Unidos adotaram medidas que terão efeitos a longo prazo e manifestou satisfação com as reuniões com os outros países para discutir medidas coordenadas.

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– Esta é uma crise global de crédito e, portanto, é essencial que as medidas adotadas em cada economia sejam eficazes e bem compreendidas pelas outras nações – afirmou.

– A longo prazo, temos que permanecer comprometidos globalmente e trabalhar em conjunto para enfrentar este desafio. Este não é o momento para o isolamento econômico. Pelo contrário, é o momento para uma maior abertura – acrescentou.

A reunião do G20 foi convocada na quarta-feira após uma consulta entre o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, e o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega.

Além de EUA e Brasil, que preside o G20, o grupo é formado por Argentina, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, Turquia, Reino Unido e União Européia.

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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, defendeu a necessidade de uma reunião entre os países emergentes para analisar a crise financeira, com o objetivo de adotarem uma posição conjunta para enfrentá-la.

– Se, como muitos dizem, os países emergentes são mais parte da solução que do problema, então é necessário que também tomem parte da decisão – afirmou Amorim.

Entenda a crise financeira: