O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, na sigla em inglês) identificou 24 atletas que tiveram resultados positivos em exames antidoping e depois conquistaram medalhas em Jogos Olímpicos nas últimas duas décadas, noticiou o jornal Los Angeles Times. Mas, de acordo com documentos obtidos pelo periódico, o Usoc concluiu que não há evidências de que tenha havido qualquer acobertamento sistemático dos casos.
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O site do jornal noticiou nesta quarta, dia 24, que o Usoc indicou que em um dos casos o atleta não tinha cumprido uma suspensão ou recebido qualquer outra punição apropriada. O relatório completo do Usoc deve ser apresentado nesta quinta-feira em uma reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Lausanne.
O atleta que não teria sido punido é tratado como “o caso do atleta americano não-identificado que conquistou uma medalha em Sydney”. O Los Angeles Times noticiou em agosto que o campeão mundial dos 400m rasos, Jerome Young, seria o tal atleta que teve exame positivo para o esteróide nandrolona em 1999. Young, que conquistou a medalha de ouro no revezamento 4x400m rasos em Sydney/2000, negou ter usado qualquer substância proibida.
O LA Times afirma que não há documentos nos arquivos do Usoc que ofereçam uma explicação razoável para a decisão da Federação Internacional de Atletismo de isentar Young. O diretor-geral do COI, François Carrard, disse a repórteres em Lausanne no primeiro dia da reunião, na quarta-feira, que a entidade quer que o Usoc reconsidere o caso o mais rapidamente possível.
O relatório do Usoc, segundo o LA Times, diz que a grande maioria dos 24 testes positivos foi para estimulantes comumente encontrados em remédios para gripe. Os nomes da maioria dos 24 atletas não foram divulgados. O relatório foi preparado em resposta às acusações de que os Estados Unidos teriam encoberto os fatos, o que os dirigentes do país negam. As informações são da Agência Reuters.
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