Informações da Inteligência dos Estados Unidos afirmam que a Rússia intensificou os preparativos para uma invasão em grande escala na Ucrânia e agora colocou 70% das forças que precisaria para esse ataque, segundo funcionários americanos. 

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A Rússia reuniu 110 mil soldados ao longo de sua fronteira com a Ucrânia, mas a Inteligência americana não determinou se o presidente Vladimir Putin realmente decidiu invadir o país.

As informações são de membros de órgãos de inteligência que nos últimos dias mantiveram reuniões informativas com legisladores e representantes dos aliados europeus.

O que se sabe é que Putin quer ter todas as opções possíveis à sua disposição: desde uma invasão limitada da região pró-russa de Donbas na Ucrânia até uma invasão total a grande escala do país vizinho, segundo os funcionários.

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A Rússia nega reiteradamente que esteja planejando invadir a Ucrânia.

Neste domingo, a Presidência ucraniana considerou que as chances de alcançar uma “solução diplomática” para a crise com a Rússia são “consideravelmente maiores” que as de uma “escalada” militar.

— As chances de encontrar uma solução diplomática para uma desescalada são consideravelmente maiores que a ameaça de uma nova escalada — declarou Myhailo Podoliak, conselheiro chefe do governo ucraniano.

Já o chanceler alemão Olaf Scholz, considerado complacente em relação a Moscou, visitará Washington na segunda-feira (7) para esclarecer dúvidas sobre a posição da Alemanha sobre a crise ucraniana. O social-democrata, que substituiu Angela Merkel como chanceler há dois meses, falará com o presidente Joe Biden em particular sobre as tensões na Ucrânia.

Rússia poderia tomar Kiev em 48 horas

Para a Inteligência americana, se a Rússia optar por um ataque em grande escala, a força invasora poderia tomar a capital Kiev e derrubar o presidente Volodymyr Zelensky em questão de 48 horas.

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Tal ataque deixaria entre 25 mil e 50 mil civis mortos, junto com entre 5 mil e 25 mil soldados ucranianos e entre 3 mil e 10 mil soldados russos. Também poderia desencadear uma avalanche de refugiados de um a cinco milhões de pessoas, principalmente para a Polônia, alertaram os funcionários.

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O presidente Joe Biden enviou tropas americanas à Polônia para proteger os membros da Otan, enquanto os diplomatas trabalham arduamente para tentar persuadir a Rússia a retirar suas tropas da fronteira com a Ucrânia. O primeiro contingente de soldados americanos chegou neste sábado.

Moscou também anunciou manobras militares conjuntas com Belarus e enviou vários batalhões ao norte de Kiev e para a região de Brest, não longe da fronteira com a Polônia.

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos concluíram que a Rússia continua reunindo uma grande força militar em sua fronteira com a Ucrânia.

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Batalhões do exército russo se posicionaram ao norte da Ucrânia

Há duas semanas, um total de 60 batalhões do exército russo se posicionaram ao norte, leste e sul da Ucrânia, particularmente na península da Crimeia, anexada pela Rússia depois de uma invasão em 2014.

Mas na sexta-feira já havia 80 batalhões e outros 14 estavam a caminho a partir de outras partes da Rússia, disseram funcionários americanos.

Acrescentaram que cerca de 1.500 soldados das forças especiais russas conhecidas como Spetsnaz foram enviados ao longo a fronteira com a Ucrânia há uma semana.

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Uma importante força naval russa também está posicionada no Mar Negro, equipada com cinco navios de assalto anfíbio que poderiam ser usados para desembarcar tropas na costa sul da Ucrânia, disseram funcionários americanos.

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Adicionalmente, acrescentaram, foram observados outros seis navios anfíbios saindo do Mar de Barents ao norte da Rússia e navegando além do Reino Unido e através do Estreito de Gibraltar, aparentemente caminho para o Mar Negro.

Além disso, a Rússia colocou aviões de combate perto da Ucrânia, assim como bombardeiros, baterias de mísseis e antiaéreas, declararam os funcionários.

Confira os vídeos do NSC Total

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