A secretária de Saúde dos Estados Unidos, Kathleen Sebelius, afirmou hoje que é preciso chegar a um equilíbrio entre as considerações de saúde e o impacto econômico que possa ter uma eventual declaração de pandemia de gripe A por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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– Devemos levar em conta o impacto na economia, assim como na saúde – disse Sebelius, em entrevista coletiva, sobre as propostas apresentadas ontem e hoje por vários países na 62ª Assembleia Mundial da Saúde para que flexibilizar o sistema de fases de alerta de pandemia.

– Evidentemente, há um impacto econômico no fato de falar de pandemia, e em adotar medidas e dar passos” para frear a expansão do vírus A (H1N1) – disse.

– Vimos com o México, que deu passos como fechar colégios, suspender eventos (…)” e agir com transparência, e tudo isso teve um impacto econômico negativo, “como nos disse ontem o ministro da Saúde mexicano – José Ángel Córdova.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse ontem que a organização não elevaria, por enquanto, o nível de alerta pandêmico de cinco para seis, após ouvir os discursos de vários ministros nesse sentido, e nas quais pediram que se leve em conta, além da expansão do vírus, outros aspectos. Sebelius não quis se pronunciar com clareza sobre se os EUA estariam a favor de implantar restrições de viagens ou outras, caso fosse declarado o nível seis.

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A secretária de Saúde disse que os EUA não fizeram nenhuma encomenda antecipada de vacinas da gripe suína às empresas fabricantes para se adiantar a uma pandemia. Vários países em desenvolvimento e ONGs denunciaram que os países mais ricos assinaram contratos com as farmacêuticas para obter 200 milhões de doses de vacinas de gripe pandêmica.

Confira como a gripe se espalha pelo mundo: