A versão online do jornal espanhol El País traz uma informação que pode mexer com viajantes de todo o mundo: quem quiser ir da Europa a países como Canadá, Cuba ou México corre o risco de ser barrado por autoridades americanas, que manejam um banco de dados desde março e estabeleceu uma lista de suspeitos.
Continua depois da publicidade
O bloqueio pode ocorrer mesmo que o voo não faça escala nos Estados Unidos.
Desde dezembro, companhias aéreas europeias devem enviar ao Departamento de Segurança Nacional americano informações sobre passageiros que viajam para os EUA. Entre outros dados, data de nascimento, nome e sexo do passageiro.
A reportagem começa contando o caso do jornalista colombiano Hernando Calvo Ospina, que vive há 26 anos em Paris e, em 6 de maio, tentou embarcar de Madri para Cuba, sem escalas. Um funcionário americano o definiu como potencial autor de algum ato terrorista contra os EUA, país que a aeronave onde ele estaria sobrevoaria por alguns minutos.
Curiosidade, segundo o El País: o mesmo Ospina, em outubro, fizera exatamente o mesmo voo para Cuba, sem que contra ele fosse levantada qualquer suspeita.
Continua depois da publicidade
As razões que alegam os EUA para a medida são de segurança: a possibilidade de que um dos passageiros sequestre o avião e mude a rota. Por isso, os que estão em sua lista de indesejáveis não poderão voar, mesmo que não pisem em solo americano.