O governo dos Estados Unidos revelou nesta quarta-feira que analisa novas sanções contra a Rússia pela tentativa de assassinato do ex-agente duplo russo Serguei Skripal, envenenado na Inglaterra com um agente neurotóxico.
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Em resposta a uma solicitação do Congresso, o departamento de Estado disse não poder certificar o respeito da Rússia à lei americana de 1991 que busca eliminar as armas químicas e biológicas, disse a porta-voz Heather Nauert, assinalando que preve medidas punitivas.
“Temos a intenção de proceder de acordo com os termos da Lei (de Armas Químicas e Biológicas), que instrui a implementação de sanções adicionais”, declarou Nauert.
Skripal foi envenenado junto com sua filha Yulia por uma poderosa substância neurotóxica, a Novichok, em 4 de março em Salisbury, Inglaterra.
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O departamento de Estado determinou em 6 de agosto que a Rússia violou a lei de 1991 ao utilizar um agente neurotóxico para matar Sergei e Yulia Skripal, e impôs uma primeira rodada de sanções, a maior parte simbólicas.
Mas a lei de 1991 instrui o departamento de Estado a adotar uma segunda rodada de sanções exceto se no prazo de 90 dias fique determinado que a Rússia caminha para observar a legislação americana.
Londres acusa o serviço de inteligência militar russo, o GRU, de estar por trás desses envenenamentos.
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Moscou denuncia, por sua vez, “uma manipulação de informações” e nega qualquer envolvimento neste caso, prometendo medidas recíprocas a qualquer sanção dos EUA.
A primeira série de sanções incluiu o congelamento das garantias de crédito do governo dos EUA à Rússia e uma proibição de venda de armas americanas.
* AFP