“Eu vou cobrar tanto do João Paulo, quanto do Merisio, do Raimundo e do Temer”, diz Jean Kuhlmann

O Diário Catarinense entrevistou os cinco candidatos à prefeitura de Blumenau. Confira abaixo a entrevista com o candidato Jean Kuhlmann (PSD):

Transporte urbano é um dos temas que entram forte nessa campanha eleitoral, em especial a mudança traumática nas empresas do transporte coletivo na cidade. Como o senhor avalia esse processo, o que faria diferente e o que vai fazer?

Eu vou rever os critérios de contratação da empresa Piracicabana, é inadmissível de uma empresa que, por mais que seja um contrato emergencial, trate o cidadão de forma emergencial. A empresa tem que tratar o cidadão com um serviço decente, o ônibus não pode no meio da viagem ter uma janela ou uma porta caindo, o ônibus não pode quebrar no meio da viagem sem que o trabalhador saiba que ele vai chegar no horário certo, então o ônibus tem que ter qualidade e chegar no horário certo. Vou reavaliar as questões do edital que segundo o Tribunal de Contas tem 30 irregularidades, inclusive o tribunal no seu parecer diz que há um suposto favorecimento à Piracicabana. Então eu vou rever o contrato emergencial e a contratação para garantir mais qualidade ao cidadão, para buscar mais linhas, mais horários e ônibus com qualidade. Penalizar a empresa se ela não está dando qualidade ao cidadão.

O senhor acredita que, se eleito, herda a licitação feita ou terá que fazer uma nova?

Eu acho que eles não vão acabar fazendo e pelo bem da cidade, do jeito que eles estão fazendo, é melhor que não façam. Pro bem da cidade. Porque uma licitação dessas não está exigindo da empresa algumas importantes obras no terminais, nos abrigos de ônibus, investimento de longo prazo para criar alternativas de transporte coletivo diferentes. Então nós temos que discutir isso, nós não podemos discutir apenas o presente. Na licitação é o momento de discutir o presente e o futuro da cidade. Então nós não podemos perder essa oportunidade. A atual licitação, no meu entendimento, ela está perdendo a oportunidade de discutir investimentos na cidade nos próximos 30, 35 anos.