“Na semana da Parada da Diversidade, não tem como não lembrar da Marcha de Washington, evento que este ano completou 50 anos. Martin Luther King Jr. é um herói para os que defendem os direitos civis. Um revolucionário na defesa pela igualdade.
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Quando pensamos na realização da Parada da Diversidade, há oito anos, tínhamos um sonho. O sonho da igualdade. A vontade incansável de transformar nossa sociedade num mundo mais junto. Mais sincero. Mais honesto. Sem diferenças.
Buscamos com a realização da parada – que no princípio tinha como prioridade dar vez e voz aos homossexuais – gritar ao mundo que podemos viver num mundo mais justo. O tempo passou e observamos que não só os homossexuais precisam de vez e voz. Nossa sociedade tem dificuldades para evoluir e, mesmo vivendo em outros tempos, ainda notamos o apartheid que abrange além de negros desse país.
Homossexuais, mulheres, negros, índios, idosos, crianças, pobres… segregamos nossa sociedade para termos garantias e direitos que deveriam ser naturais. Pena que assim não compreendem muitos que ainda insistem na força física, no poder econômico, nas restrições sociais.
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Tivemos muitas conquistas nesses oito anos. Uma delas foi a aprovação da lei que pune como crime a homofobia em Florianópolis. Conseguimos outras vitórias em defesa das mulheres, dos negros, das crianças… Avançamos. Evoluímos. Ainda temos um grande caminho a percorrer.
Ainda são milhares as mulheres vítimas de violência, os homossexuais que sofrem o preconceito, a discriminação e violência nesse país, tão lindo por natureza.
Parafraseio Luther King para dizer que eu tenho um sonho. Um sonho imenso em um dia organizar um evento para celebrar a igualdade. Enquanto eu tiver força e fé, estarei à frente deste coro, à frente nesta luta por dignidade e em busca de cidadania.
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Eu acredito no meu sonho de igualdade. O sonho de um dia olhar para trás e repetir incansavelmente: “Graças a Deus Todo-Poderoso, nós somos livres, afinal!”