“Eu quis ser o Chorão na adolescência e parece que aquele desejo se realizou”, diz o rapper blumenauense Dz6

A entrevista do Anexo com o rapper blumenauense Dz6 – que vai interpretar o músico Chorão em um musical que estreia dia 13 em São Paulo – foi feita por telefone, numa pausa de 10 minutos de um dos milhares de ensaios que ele tem feito sem interrupção desde janeiro. A experiência como ator é inédita, mas o músico diz que se sente preparado:

– Está sendo bem louco, mas prazeroso. Estão me dando todo o apoio para evoluir, uma base bem legal de aprendizado – garante Dz6.

Confira o bate-papo completo com o músico:

Como surgiu a oportunidade de participar do musical?

Eu participei de um programa do SBT chamado Máquina da Fama, onde eu fui competir por dinheiro, como um cover do Charlie Brown. Tive grande retorno, principalmente dos fãs. Acabou que os caras (os diretores Bruno e Luiz Sorrentino) acharam o vídeo na internet e me chamaram para fazer o teste. Passei por teste de ator, de cantor, tive que fazer tudo certinho.

O que o Charlie Brown Jr. representa na sua vida?

Em 1999 eu era bem viciadão em skate, então Charlie Brown era a minha trilha sonora. Inclusive, na época, eu queria ser mesmo o Chorão. Aquela coisa de moleque, sabe? Eu gosto de dizer que sonhei com aquilo com uma pureza tão grande de criança que, de certa forma, acabou se tornando realidade. Eu ouço e me remete àquela época.

O Chorão é ídolo de muita gente. Como se sente representando um ícone de uma geração?

Eu tô levando isso de uma maneira, além de profissional, emocional também. Eu sou fã do cara. Você imagina só ser fã de alguém e ter a oportunidade de viver a história, conhecer a fundo o seu ídolo. É uma responsa.

Pretende apostar na carreira de ator no futuro? Quais são os planos?

Eu faço rap há 15 anos, então, a oportunidade de ter uma exposição legal no musical vai ser legal para alavancar a minha banda. Se pintarem outras coisas como ator, eu vou estudar antes. Entrei nessa porque eu gosto do Chorão, do Charlie Brown. Caiu bem. Não sei se eu atuaria em algo que eu não tivesse muito a ver.