Chegou ao fim a era do doutor André Vilela no Joinville. Após 14 anos no clube, o chefe do departamento médico não permanecerá no Tricolor em 2019 porque o clube entrou em acordo com a IOT, empresa que prestará serviços ao JEC no próximo ano. A informação foi dada pelo jornalista Gabriel Fronzi no começo da tarde de quinta-feira e confirmada pela reportagem de "A Notícia", que ouviu Vilela a respeito da sua saída.
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Chateado, ele revelou que se se sentiu traído. Além disso, disse também estar sendo desrespeitado desde a era Jony Stassun, quando passou a não receber pelos serviços prestados ao clube.
— Eu me sinto traído. É uma economia ao clube, mas em julho eu me ofereci para trabalhar de graça até o fim de 2019. Ofereci também reduzir em 30% o custo da equipe de fisioterapeutas. Tudo porque o clube planejava ter estagiários e eu não admitia esta situação porque não podemos fazer a qualidade do serviço cair. E seu eu trabalharia de graça, não consigo entender qual economia ainda pode ser feita — afirmou.
Vilela ainda alegou que o desgaste começou com o departamento de futebol, liderado por Agnello Gonçalves, e pelo departamento da base, liderado por Carlos Grendene, que queriam médicos no CT durante os treinos, algo que ele entendia que não era necessário no momento. Segundo ele, mesmo com a ausência de médicos nos treinos, o JEC nunca ficou desamparado.
O médico é também conselheiro do clube e não recebe por seus serviços há um ano. Apesar da situação, declarou que é um jequeano roxo e continuará torcendo pelo Tricolor.
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Presidente afirma que não teve alternativa
O presidente Vilfred Schapitz lamentou ter desligado André Vilela, profissional que ele afirmou admirar. Segundo o mandatário do clube, o JEC recebeu uma ótima proposta da IOT, que se dispôs a ajudar o clube — com médicos em tempo integral nos treinos, além de exames gratuitos na clínica — e, diante da situação financeira do Tricolor, não teve escolha.
Vilfred disse também que recebeu pedidos do departamento de futebol e da base para o Joinville ter profissionais acompanhando os treinos. Ele negou que o Joinville tenha procurado a IOT antes de acertar a saída de André Vilela
— Eles nos procuraram. Foi isso que aconteceu e eu acho que esta é a confusão que pode ter deixado o Vilela chateado — observou.
Além de Vilela, deixam o JEC os fisioterapeutas Thiago Messias, Edson Pietschmann e Sergio Yoshimura.
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