O presidente Lula (PT) falou sobre os momentos que antecederam a cirurgia delicada para tratar um sangramento na cabeça, na última terça-feira (10). Em entrevista ao Fantástico após receber alta, no domingo (15), o presidente relatou ter sido pego de surpresa com a gravidade do quadro clínico.
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Antes de ser internado, Lula era monitorado por médicos por conta do acidente doméstico que o fez bater a cabeça em outubro. No último domingo (8), o presidente começou a sentir dores de cabeça. Ele afirma só ter percebido a gravidade da situação na terça (10), depois de passar por exames de imagem, em Brasília.
— Fiquei preocupado porque, afinal de contas, a cabeça é a parte mais delicada. Eu achei que estava fora de perigo, isso é a verdade. Achei que estava fora de perigo, porque a última ressonância que eu fiz mostrava que estava diminuindo a quantidade de líquido na minha cabeça. Mas era engano meu — contou.
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Lula foi transferido de Brasília para São Paulo para realizar a cirurgia, pois os médicos acreditavam que lá ele teria melhores condições de atendimento. A passagem pelo hospital rendeu a ele “três furos na cabeça”, cujos curativos o presidente vem tapando com um chapéu Panamá.

Cirurgia e recuperação
Na cirurgia, os médicos retiraram o sangue que se acumulou dentro de uma cápsula de três centímetros, entre o osso e uma das membranas que formam as meninges, chamada dura-máter. Os cirurgiões colocaram um dreno para remover o líquido acumulado na cápsula. Na quinta-feira (12), outro procedimento foi realizado, desta vez para reduzir as chances de um novo sangramento.
O presidente afirmou que os médicos sinalizam que haverá um processo de recuperação tranquilo. Lula destacou, porém, que serão precisos cuidados.
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— Eu não posso fazer ginástica, eu não posso fazer esteira, eu posso andar, mas passear, sabe? — mencionou.
Na entrevista, o presidente afirmou que está “totalmente bem” e sinalizou para a possibilidade de retomar compromissos na capital federal depois de quinta-feira (19). Por enquanto, ele se recupera em sua casa em São Paulo.
— Eu vou me cuidar, vou me cuidar. Eu tenho muita responsabilidade, eu tenho muita disciplina, eu vou me cuidar. Tenho a Janja, que é uma fiscal, sabe, como é que chama aquele juiz que fica, o VAR, ela é o meu VAR, ela é quem vai, sabe, me obrigar a andar na linha, me cuidar. É isso, descansar — pontuou.
Apesar de todo o processo, Lula faz planos para o fim do ano e para 2025. Até o final de dezembro, ele afirmou que quer fazer uma reunião com os ministros do governo e que avalia a possibilidade de participar do Natal dos Catadores, em São Paulo. Já para o ano seguinte, em março, Lula se programa para uma viagem ao Japão.
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— Quando eu chegar em março [de 2025], eu já tô totalmente curado. O que eles têm alguma preocupação é nos próximos 45 a 60 dias, até fechar os furos que eles fizeram — disse.
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