Continua depois da publicidade
Depois de muitas conversas com o psiquiatra, passou a entender que tudo o que sentia (às vezes uma euforia extrema, inexplicável até, e em outras vezes uma tristeza sem fim) era consequência da doença. Começou em seguida o tratamento, com medicamentos e terapia, e a vida melhorou bastante.
– Sei que não posso ficar sem os medicamentos, que é para a vida inteira, mas não me importo. Tenho um companheiro muito legal, um bom emprego, e não quero colocar tudo a perder. Preciso me manter bem e, para isso, faço tudo o que o médico mandar – diz Ana.
O pai morreu há cinco anos, mas ela diz lembrar claramente de vê-lo ter crises horríveis de raiva e depressão, daquelas de não querer sair de dentro do quarto.
Continua depois da publicidade
– Ele nunca recebeu um diagnóstico definitivo, mas hoje, sabendo que o transtorno bipolar tem componentes hereditários, tenho quase certeza de que meu pai sofria do mesmo distúrbio – relembra Ana, que prefere não revelar o nome completo por achar que ainda existe muito preconceito na sociedade no que diz respeito às doenças mentais.